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Crítica | O Vingador do Futuro (1990)

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Catálogo, Cinema, Críticas•4 de outubro de 2017•7 Minutes

Após o resultado positivo feito RoboCop, o holandês Paul Verhoeven fez grande sucesso em Hollywood. O seu próximo projeto foi uma adaptação de um conto do cultuado escritor de sci fi Phillip K. Dick e estrelado por um dos grandes astros daquele momento: Arnold Schwarzenegger. Dessa combinação nasceu esse clássico do cinema de ação, O Vingador do Futuro, que é facilmente um dos melhores filmes da carreira de Schwarzenegger, que infelizmente teve uma refilmagem feita por Len Wiseman em 2012.

A trama se passa em futuro distante e conta a história de Douglas Quaid (Schwarzenegger), um operário que tem uma vida correta com a sua bela esposa Lori (Sharon Stone). Quaid constantemente sonha com Marte, onde está tendo uma guerra civil. Quando vê sobre uma empresa que vende falsas memórias, a Rekall, ele decide comprar uma em que é um espião no planeta vermelho. Algo da errado durante a operação e Quaid se vê no meio de uma teia de conspiração, em que descobre que seu verdadeiro nome é Hauser e que em Marte encontrará as respostas sobre o seu passado.

A história pode parecer confusa, mas é muito coesa. O roteiro de Ronald Shusett, Gary Goldman e Dan O’Bannon deixa claro quais são as motivações dos seus personagens e como as informações sobre a trama são dadas. Tudo é muito claro, embora expositivo em alguns momentos que realmente é necessário. A trama é redondinha, mesmo seguindo o bom e velho maniqueísmo do cinema de burucutu: o herói tem uma índole inquestionável, enquanto os vilões são monstros inescrupulosos que merecem morrer da pior maneira possível. (Embora tenha uma reviravolta que quebre um desses paradigmas). E é claro que tem as famosas frases de efeito. É um filme que é um retrato da época e do gênero dos filmes feitos por Schwarzenegger, tem que ser visto dessa maneira, mas é um roteiro funcional na sua proposta.

Já a direção de Verhoeven mostra uma grande energia, pois é um filme de ação incessante. Em que tudo acontece de maneira rápida e direta, com longas cenas de ação e perseguição e o diretor consegue contar muito bem a sua história. A cenas de ação são filmadas com muita segurança, de maneira clássica e dinâmica. Além do filme ter um ritmo excelente – a ótima trilha de Jerry Goldsmith ajuda muito nesse sentido – , Verhoeven se aproveita em alguns planos e realmente deixa o clima ambíguo, deixando na duvida se tudo que vemos é realidade ou apenas um sonho de Quaid. É só notar nos enquadramentos da cena em que o Dr. Edgemar (Roy Brocksmith) diz ao protagonista que é um sonho, reparem no uso de espelho e nos enquadramentos que deixam o espectador tão confuso quanto Quaid.

Um ponto que merece destaque são os incríveis efeitos de maquiagem feitos por Rob Bottin. É um filme que tem poucos efeitos digitais, a maioria é feito por bonecos e são incríveis. A reação dos corpos aos receberem as balas ou como eles ficam ao ficarem expostos a atmosfera de Marte ou mesmo a icônica cena da cabeça da mulher se abrindo, dão um charme a mais ao filme. Deixa ele mais realista e ainda por cima deixa claro que Verhoeven sabe trabalhar muito bem com efeitos especiais.

Visualmente o filme é bem interessante, em especial o trabalho de direção de arte. Nos anos 90, os produtores viam o futuro de maneira muito mais original do que hoje. Os cenários e o design dos mutantes são muito ricos, como a máquina de raio –X ou o táxi Johnnycab. Já a fotografia de Jost Vacano – velho companheiro de Verhoeven – se mostra com alguns pontos interessantes como a utilização de profundidade de campo e de paletas de cores ricas. Notem que quando está em Marte, há sempre uma briga entre o branco e o vermelho no rosto de alguns personagens, que denotam um pouco sobre o seu caráter.

As atuações se mostram muito corretas, mesmo não sendo o grande foco do filme. Arnodl Schwarzenegger é o velho caso de ser um péssimo ator, mas em compensação é muito carismático. Apesar da sua cara de bobo em momentos que deviam ser dramáticos, o austríaco leva muito bem o filme. Rachel Ticotin  se mostra uma ótima sidekick enquanto Sharon Stone consegue combinar inocência, agressividade e sexualidade em pouco tempo de cena, além de convencer nas cenas de luta. Como a maioria dos filmes dessa época, há o vilão e o seu capanga. O último é vivido por Michael Ironside que consegue ser ameaçador, apesar do personagem não ser dos mais profundos. Já o vilão Coorhagen vivido por Ronny Cox é um vilão que mesmo seguindo todos os arquétipos consegue ter alguns pontos interessantes. Em especial a sua ligação com Quaid, que é explicada no final do filme e a atuação de Cox se mostra muito forte.

Enfim, O Vingador do Futuro é mais um ótimo filme para a carreira que Paul Verhoeven fez em Hollywood. É um longa que com ótimas sequencias de ação, ótimos efeitos e um roteiro redondinho. Pra quem é fã dos filmes de Schwarzenegger no seu auge, esse é obrigatório.

O Vingador do Futuro (Total Recall, EUA – 1990)

Direção: Paul Verhoeven
Roteiro: Gary Goldman, Dan O’Bannon e Ronald Sushett, baseado no conto de Phillip K.Dick
Elenco:  Arnold Schwarzenegger, Sharon Stone, Rachel Ticotin, Ronny Cox, Michael Ironside e Mel Johnson, Jr
Gênero: Ação, Ficção Científica
Duração:  113 minutos

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Redação Bastidores

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