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Crítica | Sexta-Feira 13: Parte III - Agora tem uma máscara de hóquei

Lucas Nascimento Lucas Nascimento
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•24 de novembro de 2017•6 Minutes

A ideia do roteirista Ron Kurz em Sexta-Feira 13: Parte 2 realmente foi um acerto: o público quer mais Jason Voorhees, e usar sua figura como antagonista central da continuação do hit de 1980 talvez tenha sido a melhor decisão daquele projeto, e uma que seria mantida pelo restante da duradoura franquia. Com Sexta-Feira 13: Parte III, a Paramount e Steve Miner manteriam o jogo seguro que garantiu o sucesso dos dois primeiros filmes, e, como era de se esperar, na terceira vez as coisas já começam a ficar mais desgastadas e sem aquele fator surpresa.

Novamente apostando naquele toque serial, a trama começa nos relembrando o clímax do filme anterior, mas dessa vez ele não tem ligação alguma com os acontecimentos deste novo filme – então imagino que os produtores o colocaram ali simplesmente para preencher tempo de duração, deixar os espectadores se acomodarem em seus assentos e comprarem suas pipocas. Parte III enfim nos tira do acampamento para nos colocar… Em uma casa de campo, que abrigará um novo grupo de adolescentes que chega ali para passar férias sossegadas. Claro, não demora para a contagem de corpos começar assim que o assassino Jason Voorhees (vivido aqui por Richard Brooker) iniciar sua matança.

Bem, já fica meio redundante começar a comentar a trama nesse ponto, já que ela explicitamente é uma repetição da estrutura dos anteriores. Dessa vez, a dupla de roteiristas Martin Kitrosser e Carol Watson até tenta trabalhar e desenvolver seus personagens, oferecendo alguns arcos dramáticos, como a de Chris (Dana Kimmell), final girl da vez que tem uma cena razoavelmente boa sobre um evento traumático envolvendo seus pais. De forma similar, acompanhamos a subtrama de Shelly (Larry Zerner), fazendo o papel do típico garoto gordinho de baixa auto-estima que tenta conquistar uma colega bonita. No papel, isso até funcionaria de forma aceitável, mas todo o elenco é uniformemente péssimo. Os próprios produtores admitiram que todo o casting foi baseado em aparência, não talento, e a Parte III deixa isso bem claro sempre que os personagens são forçados a interagir entre si. Isso pra não comentar o breve, mas ridículo, arco envolvendo um trio de motoqueiros que ameaça os protagonistas em certo ponto da trama. Risível.

Não há nenhuma nova exploração ou expansão da mitologia de Jason Voorhees, e Pamela Voorhees nem aparece aqui (se ignorarmos aquele jump scare sem sentido na última cena), mas a Parte III é famoso por ser o primeiro filme da série em que Jason ganha sua icônica máscara de hóquei. Naquela que só poderia ser um acidente feliz, durante um teste de iluminação ficou decidido que Jason precisaria cobrir seu rosto neste novo filme, e um dos membros da equipe tinha um saco cheio de material de hóquei, incluindo uma máscara do Detroit Red Wings. O resto é História, como bem sabemos. A máscara acabou por tornar-se o grande símbolo da série, e mesmo este novo filme sendo irregular, não deixa de ser empolgante ver o assassino aparecendo com o rosto coberto pela primeira vez.

No quesito direção, temos Steve Miner abandonando diversos trejeitos de Cunningham e indo para algo mais tradicional. Sai a câmera em POV, entra o famigerado jump scare, exacerbado pela trilha sonora intensa de Harry Manfredini – que felizmente abandona de vez os acordes chupinhados de Bernard Herrmann para Psicose, e usa bem o tema original do primeiro filme para criar suspense. Mas o que chama mais atenção, de forma negativa, é que este filme foi lançado em 3D durante sua época de lançamento, então temos diversos enquadramentos risíveis onde algum personagem leva algum objeto em direção à câmera, especialmente quando Jason se aproxima para esfaquear alguém.

Redundante e sem muito à acrescentar, a Parte III é o mais fraco filme da série até então, que em apenas três filmes já consegue esgotar a fórmula. Porém, fica o alento de que Jason Voorhees pela primeira vez estava completo, ganhando seu visual icônico e abraçando o estilo de filme que enfim viria a se consolidar em capítulos subsequentes.

Sexta-Feira 13: Parte III (Friday the 13th Part III, EUA – 1982)

Direção: Steve Miner
Roteiro: Martin Kitrosser e Carol Watson, baseado nos personagens de Victor Miller e Ron Kurz
Elenco: Richard Brooker, Gloria Charles, Rachel Howard, David Katims, Dana Kimmell, Larry Zerner, Paul Kratka, Catherine Parks, Tracie Savage, Nick Savage, Kevin O’Brien
Gênero: Terror
Duração: 95 min

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Lucas Nascimento

Estudante de audiovisual e apaixonado por cinema, usa este como grande professor e sonha em tornar seus sonhos realidade ou pelo menos se divertir na longa estrada da vida. De blockbusters a filmes de arte, aprecia o estilo e o trabalho de cineastas, atores e roteiristas, dos quais Stanley Kubrick e Alfred Hitchcock servem como maiores inspirações. Testemunhem, e nos encontramos em Valhalla.

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