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Crítica | Souvenir (2016)

Redação Bastidores Redação Bastidores
In Catálogo, Cinema, Críticas•10 de março de 2017•4 Minutes

A protagonista Isabelle Hupert, estrela do excelente Elle (2016) e indicada por ele ao Oscar 2017, é, Liliane, primeira personagem a aparecer na tela. O espectador é introduzido à sua solitária rotina preenchida por um emprego vazio – numa lanchonete, onde enfeita os assados que serão servidos. Pausa para o almoço, o mesmo sanduíche. Toca o sinal de saída, hora de ir embora. Espera o ônibus, entra. Chega em casa, liga a TV no programa de sempre. Adormece. Acorda, trabalha, vive mais um. Quase inexpressiva, ela aparenta se contentar com a vida, fica no quase bom, quase ruim.

Esse cotidiano é estabelecido de forma interessante: com cortes secos, dinâmicos, closes, câmera estática e bom enquadramento. A fotografia do jovem Anton Mertens, assim como o tom do filme, segue estética quase parecida com a de cineastas contemporâneos cuidadosos na composição dos quadros como Jean Pierre-Jeunet, Noah Baumbach ou Wes Anderson. O conceito funciona por um tempo – e bem –, até que se estende e cai para o enfadonho.

Diferente de Paterson, onde o roteiro oferece um exercício de explorar o cotidiano, Souvenir, apenas aproveita-se da condição. É raso, sem críticas a nada, nem pequenos brilhantismos ou domínio narrativo. Souvenir se propõe a ser, conforme o jovem diretor Bravo Defurne descreve, “um filme para tardes de domingo”. Talvez seja. Mas Souvenir não é sobre a rotina, esta quebrada com a chegada do jovem boxeador, Jean (Kévin Azaïs, do excelente Amor à Primeira Briga, 2014). Ele faz um bico na mesma linha de produção de Liliane e tenta puxar assunto com a amargurada mulher. Depois um pouco de conversa, descobre que ela é Laura, uma cantora pop esquecida que fizera sucesso anos atrás. Eles se apaixonam, mas não se unem por inteiro. Nenhum é pleno; são dois corpos meio cheios. É amor com um pé atrás, assim como a direção do filme.

Assim como seu fotógrafo, Defurne se inspira nos mesmos diretores. Além da representação imagética, trabalha como a solidão, o esquecimento, o deslocamento, a estranheza no relacionamento entre indivíduos. Infelizmente, como Defurne só bate na trave, falta-lhe algo. O diretor é atento, esteticamente preciso, mas está verde. É jovem e soa como saído da escola de cinema (apesar de ter produzido diversos curtas), pois lhe escapa pelo olhar a vida. Muitas dessas cenas bonitas tornam-se, então, vagas, quase inúteis. Por isso cansam o telespectador.

Souvenir tem seus bons momentos e traz Isabelle Hupert de forma leve, bem humorada, num papel despretensioso, um alívio pós o pesado e intenso Elle. Kévin Azaïs se contrapõe bem à veterana: é contido, juvenil e constrangido. O humor francês sarcástico é bem recebido, mas, ao final da uma hora e meia, assim como o título propõe, Souvenir torna-se apenas uma lembrancinha, decorativa e esquecível, do que poderia um ótimo presente.

Souvenir (Souvenir, FRA – 2016)

Direção: Bavo Defurne
Roteiro: Jacques Boon, Bavo Defurne, Yves Verbraeken
Elenco: Isabelle Huppert, Kévin Azaïs, Johan Leysen
Gênero: Comédia romântica
Duração: 90 minutos

Escrito por Rodrigo de Assis

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