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Crítica | Um Instante de Amor

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Catálogo, Cinema, Críticas•7 de julho de 2017•6 Minutes

Que Marion Cotillard é atualmente uma das grandes atrizes do cinema francês isso não há dúvida. Sua carreira parece ter dado um salto de qualidade depois de ter recebido o Oscar de melhor atriz por seu papel em Piaf – Um Hino ao Amor. Desde então participou de todo tipo de produção, do ótimo Ferrugem e Osso até o fraco Assassin’s Creed. É uma atriz completa que mostra a cada filme estar melhor, mesmo quando o personagem não ajuda ela se sobressai. Em um Instante de Amor – produção que estreou ano passado na França e só agora desembarca por aqui – podemos ter a chance mais uma vez de prestigiar seu talento. 

Ela interpreta Gabrielle, uma jovem mulher infeliz e que passa os dias amargurada tentando encontrar o verdadeiro amor. Vive seus dias na fazenda, isolada e de mau humor até que sua mãe a obriga a se casar com um dos funcionários que trabalham ali, trata-se de José (Àlex Brendemühl) homem pacato, simples e de poucas palavras. Ela obviamente diz não a ele e promete nunca o amar. Sua mãe dá a ela um ultimato, ou ela se casa ou será internada em uma clínica psiquiátrica. Casamento feito, ela se muda para outra cidade, mas algo muda no meio da história e Gabrielle é internada em uma clínica médica para se tratar de pedras nos rins. Lá se apaixona por André Sauvage (Louis Garrel) um militar também em tratamento e pelo qual ela irá se apaixonar. 

Baseado no romance da escritora Milena Angus e com roteiro e direção de Nicole Garcia (Um Belo Domingo) filme é um exemplo de como fazer uma história de amor sem usar vícios de linguagem ou clichês baratos que estamos acostumados a ver por aí. A começar por mostrar de forma realista Gabrielle como uma mulher infeliz, que é obrigada a se casar com alguém que nunca amou ou teve alguma afinidade. Essa cena do casamento é mostrada de forma simples e dura, ela não está feliz, mas casa por falta de escolha, pois ficar sozinha não é permitido. 

Gabrielle sofre de depressão, só é possível perceber isso com a postura dela ao se relacionar com outras pessoas e ao mostrar o completo isolamento dela, chega a ficar três dias trancada sem sair do quarto, essa melancolia muda ao conhecer o já citado militar André Sauvage. Ao fazer tratamento em um hospital na Suíça especializado no tipo de sua doença, ela começa a se relacionar com outras pessoas, mas isso não muda seu isolamento. Só há uma mudança de postura quando encontra o que ela definiu como o amor da sua vida. 

Marion interpreta de forma magistral sua personagem, talvez uma das melhores de sua carreira. É um papel chato, tão chato que incomoda em alguns momentos. Outro que se destaca pela atuação é Louis Garrel, aparece pouco, mas todas vezes que está em cena não faz feio e sua presença se nivela com a de Marion. Garrel, por sinal, é um ator que poderia fazer mais participações em filmes consagrados pela crítica e pelo público. É um ótimo ator e que tem muito ainda a mostrar.  

Entre os critérios técnicos há de se destacar as cores que também tem sua importância, apresentam cada momento da vida dela e começa clara para ficar mais escura, isso é apresentado pelo seu figurino, cenário e pela luz da boa fotografia que não atrapalha em nenhum momento, pelo contrário, engrandece suas características. 

Mesmo sendo boa ela tem algumas falhas, como por exemplo, em alguns momentos a história soa um pouco arrastada e sonolenta, alguns elementos novos são inseridos para dar uma girada na trama, mas continua praticamente a mesma coisa. O longa se segura inteiramente em Marion e na sua atuação, e isso talvez seja uma falha, o personagem de Louis Garrel era bom e poderia ser melhor desenvolvido, assim como o de Àlex Brendemühl no papel de José. Algumas cenas são bastante desnecessárias e poderiam ter sido retiradas na pós-produção, isso ajudaria a dar maior agilidade ao filme. Ponto forte dele são os detalhes em que cada gesto é apresentado, tudo que é mostrado ali é por alguma razão, até mesmo as cenas de nudez. 

Escrito por Gabriel Danius.

Um Instante de Amor (Mal de Pierres, França – 2016)

Direção: Nicole Garcia
Roteiro: Natalie Carter, Jacques Fieschi, Nicole Garcia
Elenco: Marion Cotillard, Louis Garrel, Alex Brendemühl, Brigitte Roüan, Victoire Du Bois, Aloïse Sauvage
Gênero: Drama, Romance
Duração 120 minutos

Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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