A atriz Dakota Johnson, estrela do recente e malfadado “Madame Teia” (Madame Web), não parece excessivamente abalada pelo desempenho decepcionante do longa da Sony Marvel. Em uma entrevista sincera, ela compartilhou sua perspectiva sobre os motivos que levaram o filme a se tornar um fracasso de crítica e público, apontando para um processo criativo problemático e a interferência de executivos.

Madame Teia: Crônica de um Desempenho Decepcionante

Lançado com a promessa de expandir o universo do Homem-Aranha da Sony, “Madame Teia” rapidamente naufragou. A produção arrecadou modestos US$ 100,5 milhões globalmente, um número baixo para os padrões de filmes de super-heróis, e amargou uma desoladora aprovação de apenas 11% no agregador de críticas Rotten Tomatoes. Além da recepção fria, o filme também se tornou alvo de inúmeros memes na internet, seguindo um caminho similar ao de outro título controverso da Sony Marvel, “Morbius”.

A Crítica de Dakota Johnson: O Peso das Decisões por Comitê

Em conversa com o LA Times, Dakota Johnson não hesitou em apontar o que considera as razões centrais para o resultado insatisfatório de “Madame Teia”. “Há uma coisa que acontece hoje em dia: muitas decisões criativas são tomadas por comitês”, desabafou a atriz. Ela criticou a influência de indivíduos sem sensibilidade artística no processo de criação: “Ou [são] tomadas por pessoas que não têm um osso criativo em seu corpo. E é muito difícil fazer arte dessa maneira. Ou fazer algo divertido dessa maneira.”

Johnson sugere que o filme que chegou aos cinemas divergiu consideravelmente da proposta inicial. “Eu acho que, infelizmente, com Madame Teia, começou como algo e se transformou em outra coisa”, explicou. “E eu estava meio que acompanhando a viagem naquele ponto.” Essa declaração indica uma possível perda de controle criativo durante a produção, um problema recorrente em grandes blockbusters.

Entre a Resignação e a Experiência: ‘Eu Estava Acompanhando a Viagem’

Apesar do revés, Johnson demonstrou uma notável serenidade e uma perspectiva pragmática. “Mas isso acontece. Filmes de grande orçamento fracassam o tempo todo”, comentou, acrescentando que não carrega um “Band-Aid” para a situação e que a experiência não a impedirá de embarcar em projetos futuros de qualquer escala. “Não há nenhuma parte de mim que diga: ‘Ah, nunca mais farei isso’ para nada. Já fiz até filmes pequenos que não deram certo. Quem se importa?”, concluiu, indicando uma aceitação da natureza imprevisível da indústria cinematográfica.

Essa postura reflete a experiência de uma atriz que compreende os altos e baixos de Hollywood, onde nem todo projeto atinge o sucesso esperado, independentemente do orçamento ou do gênero.

Emma Roberts e a ‘Cultura do Meme’ como Fator Agravante

Outra voz do elenco de “Madame Teia”, Emma Roberts, também se pronunciou sobre a recepção do filme, focando em um aspecto diferente: o impacto da cultura da internet. Para Roberts, a tendência online de transformar tudo em piada contribuiu para a percepção negativa do longa. “Se não fosse pela cultura da internet e tudo virando piada, acho que a recepção teria sido diferente”, afirmou. “E é isso que me chateia em muitas coisas, even coisas que eu fiz, é que as pessoas agora fazem piada de tudo.”

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