Glen Schofield, a mente por trás da criação da aclamada franquia de terror Dead Space, revelou em uma nova entrevista que apresentou recentemente uma proposta para Dead Space 4 à Electronic Arts (EA), mas que o projeto foi categoricamente rejeitado. No entanto, o criador não desistiu: a recente e bombástica venda da EA para investidores privados reacendeu suas esperanças, e ele já está “fazendo ligações” para tentar tirar o jogo do papel sob a nova gestão.

A revelação, feita ao site IGN, oferece um vislumbre da paixão de Schofield pela franquia e do futuro incerto, mas agora com uma nova possibilidade, de uma das séries de terror mais queridas dos games.

A proposta para economizar US$ 40 milhões que foi rejeitada

Na entrevista, Schofield detalhou sua tentativa de reviver a série. Ele contou que sua proposta era ambiciosa e economicamente viável, pois pretendia usar os modelos e assets já criados pelo estúdio EA Motive para o aclamado remake de Dead Space de 2023.

“Eu disse a eles: ‘posso trazer de volta a equipe de liderança. Preciso dos modelos da EA Motive e posso economizar de 30 a 40 milhões de dólares na ideia que tenho’. E eles disseram ‘não'”, lamentou o criador.

A venda da EA como uma ‘nova oportunidade’

O que parecia ser um ponto final na história se transformou em uma nova janela de oportunidade com a notícia, no final de setembro, de que a EA seria adquirida por um consórcio de investidores e fecharia seu capital. Para Schofield, a mudança de donos pode significar uma mudança de mentalidade.

“Tenho algumas ideias com as quais estou pronto para seguir, e uma delas é Dead Space 4. O fato de que a EA acabou de ser comprada, acho que há uma oportunidade. Já estou fazendo ligações”, revelou, mostrando que não perdeu tempo em tentar aproveitar a nova conjuntura.

O futuro incerto da ‘nova’ EA

Schofield, no entanto, é realista. Ele reconhece que a nova EA, agora uma empresa privada com uma dívida de US$ 20 bilhões, pode seguir por dois caminhos opostos: ou se sentirá mais livre para aprovar projetos de paixão, sem a pressão dos acionistas, ou fará cortes drásticos para reduzir custos.

Ele também levantou outra possibilidade interessante: a de que os novos donos possam estar dispostos a vender a propriedade intelectual de Dead Space para outro estúdio. “Sou mais otimista [desde a venda da EA], porque alguém novo poderia comprar [a IP de Dead Space]”, disse ele, que acredita que a franquia também precisa se expandir para outras mídias, como cinema e TV.

Mostrar menosContinuar lendo

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

Mais posts deste autor