Com o lançamento do aguardado Death Stranding 2: On the Beach, uma pergunta ecoa entre os jogadores que não experimentaram o primeiro título: é possível pular direto para a sequência? A resposta curta é: tecnicamente, sim, mas talvez não seja a melhor ideia se você quiser aproveitar a experiência completa. A nova obra de Hideo Kojima, como de costume, mergulha fundo em uma trama densa, e chegar sem a bagagem do jogo original pode ser um desafio.

A verdade é que, para aproveitar ao máximo a complexa narrativa de Death Stranding 2, é altamente recomendável ter jogado o primeiro. No entanto, o novo jogo oferece algumas ferramentas para ajudar os novatos. Analisamos os pontos para que você possa decidir.

O desafio da história de Kojima

O universo de Death Stranding é notoriamente complexo, repleto de termos, personagens e conceitos únicos. A sequência, On the Beach, não apenas continua a história de Sam Bridges, como também aprofunda e expande a mitologia estabelecida no primeiro jogo. Começar diretamente pelo segundo capítulo pode deixar o jogador perdido em meio a diálogos e eventos que dependem de um conhecimento prévio.

“Mas o jogo não tem um resumo?”, você pode perguntar. Sim, Death Stranding 2 oferece uma cinemática de recapitulação no menu principal. O problema é que, segundo nossas impressões, ela é de utilidade limitada. Por ser um resumo breve, acaba ignorando muitos detalhes e nuances que, mais tarde, se revelam importantes para entender as motivações e as reviravoltas da nova trama. O resultado pode ser uma história já confusa se tornando ainda mais difícil de acompanhar.

As ferramentas para os novatos (e suas limitações)

Ciente de sua própria complexidade, o jogo tenta ajudar. Death Stranding 2 apresenta um menu chamado “Corpus”, uma espécie de enciclopédia que detalha personagens, eventos e conceitos importantes do universo. Frequentemente, o próprio jogo sugere que você leia uma nova entrada sempre que algo relevante é mencionado em uma cena.

Essa ferramenta é útil, mas transforma o aprendizado da história em uma “leitura de arquivos”, o que é muito menos imersivo e impactante do que vivenciar os acontecimentos do primeiro jogo na prática.

E a jogabilidade? Preciso ter experiência?

Neste ponto, os novatos podem respirar aliviados. Em termos de mecânica e jogabilidade, não é necessário ter jogado o primeiro Death Stranding. A sequência é muito eficiente em apresentar seus sistemas através de tutoriais, desde as mecânicas de entrega e equilíbrio de carga até o combate. A curva de aprendizado é suave, e mesmo sendo um jogo com sistemas complexos, ele faz um bom trabalho em ensinar o jogador a dominá-los. O desafio está unicamente na compreensão da narrativa.

Veredito: jogar ou não jogar o primeiro?

Se você é um jogador que valoriza a história, os personagens e a imersão, a recomendação é clara: jogue o primeiro Death Stranding antes. A experiência de On the Beach será infinitamente mais rica e recompensadora.

Se você não tem tempo ou não se importa em receber spoilers, uma alternativa é ler um resumo detalhado da trama do primeiro jogo (como o nosso guia anexo sobre o final de DS1) antes de começar a sequência. Agora, se o seu interesse é puramente na jogabilidade de “simulador de entregador pós-apocalíptico” e você não se importa em ficar um pouco perdido na história, pode começar sua jornada diretamente em Death Stranding 2: On the Beach sem grandes problemas.

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