Caso “Canibais de Garanhuns” volta à tona após prisão de Deolane Bezerra em Buíque
A prisão da influenciadora e advogada Deolane Bezerra na Colônia Penal Feminina de Buíque, em Pernambuco, trouxe à lembrança o chocante caso dos “Canibais de Garanhuns“. Duas mulheres envolvidas no crime, Bruna Cristina Oliveira da Silva e Isabel Cristina Torreão Pires, cumprem suas penas no mesmo local onde Deolane está detida.
O trio, que também inclui Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, ficou conhecido nacionalmente em 2012 por assassinar e esquartejar suas vítimas, utilizando partes dos corpos para preparar empadas e coxinhas. Em novembro de 2014, após um julgamento que durou mais de vinte horas, os três foram condenados pela morte da adolescente Jéssica Camila, de 17 anos, e posteriormente, em 2018, foram julgados pelos assassinatos de Alexandra Falcão da Silva e Gisele Helena da Silva.
Condenações e penas
Bruna e Isabel, atualmente detidas na Colônia Penal Feminina de Buíque, receberam sentenças de 71 e 68 anos de reclusão, respectivamente, enquanto Jorge Beltrão, que está preso na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, foi condenado a 71 anos. Os crimes incluíram assassinato, esquartejamento, ocultação de cadáver e canibalismo.
O Ministério Público de Pernambuco, liderado pelo Promotor de Justiça André Rabelo, descartou a possibilidade de que os réus possuíssem transtornos mentais, afirmando que suas ações faziam parte de uma seita chamada “Cartel”, que pregava a purificação do mundo por meio da redução populacional.
Superlotação na Colônia Penal Feminina de Buíque
Além da presença das condenadas no caso dos “Canibais de Garanhuns”, a prisão de Deolane Bezerra chamou a atenção para a superlotação na Colônia Penal Feminina de Buíque. A unidade prisional, com capacidade para 107 detentas, abriga atualmente 264 mulheres, segundo o Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco.