Desafios para remasterizar Dragon Age: Os obstáculos enfrentados pela BioWare

A desenvolvedora BioWare é amplamente reconhecida por revisitar seus clássicos através de remasterizações, mas parece que os fãs da série Dragon Age terão que esperar mais um pouco. Em uma recente entrevista à Rolling Stone, John Epler, diretor criativo da BioWare, explicou as complicações que envolvem a possibilidade de trazer os três primeiros jogos da franquia de volta em uma coleção remasterizada.

Motores de jogo raros dificultam o processo

Epler revelou que os três primeiros jogos de Dragon Age, lançados entre 2009 e 2014, foram desenvolvidos com motores proprietários pouco convencionais da EA. Os dois primeiros jogos da série utilizam o motor Eclipse, que foi criado especificamente para Dragon Age: Origins. Após sua utilização em Dragon Age 2, esse motor se tornou praticamente obsoleto, sendo “perdido para o éter”, como Epler descreveu. Ele acrescentou: “Acho que sou uma das cerca de 20 pessoas restantes na BioWare que realmente usaram o Eclipse”.

Com a chegada de Dragon Age: Inquisition, a série adotou o Frostbite Engine, mais versátil e utilizado em vários títulos da franquia Battlefield, além de outros projetos recentes da BioWare, como Dragon Age: The Veilguard. No entanto, Epler ressaltou que o Frostbite não possui a ubiquidade do Unreal Engine, que foi empregado em remasterizações mais bem-sucedidas, como a coleção Mass Effect.

Esperança para o futuro da série

Epler afirmou que criar uma coleção remasterizada de Dragon Age “não vai ser tão fácil quanto Mass Effect”, mas expressou amor pelos jogos originais e otimismo sobre o futuro da franquia: “Nunca diga nunca, acho que é nisso que se resume”. Essa declaração sugere que, apesar das dificuldades, a BioWare não descarta a ideia de revisitar a série no futuro.

Os fãs de Dragon Age podem ficar desapontados com a ausência de uma coleção remasterizada imediata, mas as palavras de Epler oferecem um fio de esperança de que a BioWare ainda tem planos para trazer esses amados jogos de volta, de alguma forma, nos próximos anos. Enquanto isso, os jogadores podem aproveitar as experiências ricas e envolventes que a série continua a oferecer com novos títulos.

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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