Joseph Kosinski, o diretor por trás do sucesso “Top Gun: Maverick”, revelou o motivo surpreendente para ter escolhido Brad Pitt, e não seu frequente colaborador Tom Cruise, para estrelar seu novo e aguardado filme sobre o universo da Fórmula 1. Em entrevista à Variety, Kosinski admitiu que, embora ambos os atores possuam talento natural para pilotagem, a inclinação de Cruise por levar as acrobacias ao extremo gerou preocupações com a segurança, pesando na decisão final.
“Tom nos assustaria um pouco mais”: A preocupação com os limites de Cruise
A reputação de Tom Cruise por realizar suas próprias cenas de ação, muitas vezes desafiando a morte, é notória em Hollywood. Desde pendurar-se em um biplano em voo em “Missão: Impossível – O Julgamento Final” até pilotar caças reais em “Top Gun: Maverick”, onde também exigiu que o elenco mais jovem passasse por um intenso treinamento de voo, Cruise é sinônimo de adrenalina e risco calculado (ou nem tanto).
Essa característica, no entanto, foi um fator de cautela para Kosinski no contexto de um filme sobre F1, um esporte intrinsecamente perigoso. “Tom sempre se esforça ao máximo, mas ao mesmo tempo é supercapaz e muito habilidoso”, ponderou o diretor. “Ambos [Pitt e Cruise] têm um talento natural para pilotar. Mas sim, eu consigo imaginar Tom nos assustando um pouco mais.” A declaração sugere um receio de que a intensidade de Cruise pudesse levar a situações de perigo real no set.
O histórico de Cruise: Acrobacias que desafiam a morte e apavoram equipes
A visão de Kosinski é corroborada por Graham Kelly, supervisor de veículos de ação que já trabalhou com ambos os astros. Kelly foi categórico ao concordar com a possibilidade de incidentes com Cruise ao volante. “Teríamos sofrido um acidente”, afirmou. “O Tom leva tudo ao limite. Quero dizer, realmente ao limite. Isso me apavora.”
O supervisor relembrou a tensão de trabalhar com Cruise em diversos filmes da franquia “Missão: Impossível”: “É a experiência mais estressante para alguém como eu, construindo carros para ele, fazendo acrobacias com ele.” Em contraste, Kelly descreveu Brad Pitt como um ator mais consciente de suas capacidades e limites. “Já o Brad ouve e conhece suas habilidades, e acho que ele seria o primeiro a dizer: ‘É, não vou fazer isso'”, comparou.
O enredo de “F1”: Brad Pitt como mentor em retorno às pistas
No novo longa, que tem estreia prevista para 27 de junho, Brad Pitt interpretará Sonny Hayes, um piloto de Fórmula 1 que competiu nos anos 1990 e sofreu um acidente terrível que o forçou a se aposentar das pistas. Anos mais tarde, Ruben, dono de uma equipe de F1 e amigo de longa data de Sonny, pede que ele saia da aposentadoria para ser mentor do jovem e promissor piloto Joshua “Noah” Pearce (interpretado por Damson Idris), da equipe Apex Grand Prix (APXGP).
A trama promete explorar tanto a adrenalina das corridas quanto os dramas pessoais e os desafios do retorno de um veterano ao esporte de alta performance, agora em um papel de guia para uma nova geração.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
Contato: matheus@nosbastidores.com.br


