Mudanças na dinâmica de companheiros em Dragon Age: The Veilguard

Dragon Age: The Veilguard marcará uma mudança significativa na forma como os jogadores interagem com seus companheiros, ao contrário do que foi visto nos jogos anteriores da série. A decisão de não permitir o controle total sobre os companheiros é uma mudança notável, mas a BioWare defende essa escolha como uma adaptação necessária para a nova estrutura do jogo.

Em uma entrevista à revista Edge, Corianna Busch, diretora do jogo, explicou que a decisão de reduzir o número de companheiros de três para dois e limitar o controle direto que o jogador pode ter sobre eles é uma resposta às exigências técnicas e de ritmo de The Veilguard. “Queríamos que os companheiros sentissem que eles, como personagens totalmente realizados, estão no controle de suas próprias ações. Eles tomam suas próprias decisões,” afirmou Busch. Esse enfoque visa fazer com que os jogadores se sintam mais imersos e concentrados em suas próprias ações, enquanto os companheiros agem de maneira mais autônoma e realista.

Desafios e Adaptações no Novo Sistema de Combate

A BioWare justifica essa mudança pelo fato de que The Veilguard é um jogo que exige uma alta carga de ações por minuto, o que tornaria o controle total sobre os companheiros potencialmente sobrecarregante para o jogador. “Quando tentamos permitir que você tenha controle total sobre seus companheiros também, o que descobrimos é que isso não estava realmente contribuindo para a experiência. Na verdade, de certa forma, era prejudicial,” explicou Busch.

Apesar da natureza substancial dessa mudança, os testes de jogo indicaram que os jogadores estão mais engajados, o que sugere que a nova abordagem pode ser benéfica para a experiência geral.

Embora o controle direto sobre os companheiros tenha sido removido, ainda haverá elementos estratégicos significativos durante o combate. Os jogadores poderão influenciar a atuação de seus companheiros ao ativar habilidades específicas, como demonstrado com a personagem Lace Harding. “Ela é seu próprio indivíduo realizado. Ela tem seus próprios comportamentos; como ela prioriza alvos, se ela se aproxima e atrai aggro ou fica mais para trás no alcance,” comentou Busch. Isso permitirá aos jogadores moldar o desempenho dos companheiros de forma tática durante as batalhas.

O novo sistema de combate baseado em combos é um destaque importante para The Veilguard. A BioWare oferece exemplos de como os jogadores poderão combinar habilidades de seus companheiros para criar estratégias eficazes, como usar um poço gravitacional seguido por uma bomba de área de efeito. Busch descreve essa abordagem como uma “camada estratégica de combate”, onde os jogadores devem planejar suas ações com base nas informações disponíveis e na sinergia com seus companheiros.

Essa mudança representa uma adaptação significativa na fórmula tradicional de Dragon Age, e se as impressões dos testes forem indicativas, pode influenciar a forma como os RPGs são desenvolvidos pela BioWare no futuro. A integração de uma camada tática mais profunda através de combos e a autonomia dos companheiros visam criar uma experiência mais imersiva e envolvente, alinhada com a complexidade técnica e narrativa de The Veilguard.

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Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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