Excesso de projetos da Marvel transforma MCU em “lição de casa”, admite Kevin Feige

Kevin Feige admite que acompanhar o MCU parece “lição de casa”. Fãs se cansam de tanta interconexão e a qualidade dos filmes sofre.
Marvel volta ao topo com Thunderbolts, surpreende bilheterias e crítica com grupo de desajustados Marvel volta ao topo com Thunderbolts, surpreende bilheterias e crítica com grupo de desajustados
Marvel

Universo Cinematográfico da Marvel: quando o excesso começa a pesar

O Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) pode estar sofrendo de seu próprio sucesso. Após anos de expansão com filmes e séries cada vez mais interligados, até mesmo Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, teria admitido que acompanhar tudo “parece mais lição de casa do que entretenimento”, segundo apuração do The Wall Street Journal.

Essa declaração, embora informal, ecoa o sentimento de muitos fãs: o MCU tornou-se uma maratona obrigatória, onde pular um capítulo pode comprometer a compreensão de todo o restante. A exigência de estar em dia com uma sequência quase interminável de séries e filmes tem desgastado o público, que já não acompanha com o mesmo entusiasmo de outrora.

LEIA TAMBÉM  Blu-ray de Homem-Aranha 3 trará 80 minutos de material extra com Garfield e Maguire

Interligação excessiva e pressão corporativa

O relatório do Wall Street Journal sugere que a Marvel Studios tem enfrentado pressão crescente da Disney para manter um fluxo constante de conteúdo — em parte para sustentar assinaturas do Disney Plus. No entanto, essa produção massiva está tendo um custo: sobrecarga criativa e redução perceptível na qualidade narrativa.

Filmes como Capitão América: Admirável Mundo Novo tiveram desempenho de bilheteria abaixo do esperado, mesmo dobrando o orçamento global. A crítica? Falta de brilho, roteiros confusos e dependência excessiva de tramas anteriores — como a necessidade de assistir Falcão e o Soldado Invernal, Viúva Negra e até O Soldado Invernal para compreender plenamente o novo longa dos Thunderbolts.

Séries como obrigação, não como diversão

O principal problema é que a proposta de interconexão, um dos pilares do MCU, agora se tornou um obstáculo. O excesso de pontas soltas e referências cruzadas faz com que o público sinta-se obrigado a assistir a tudo — e não por prazer, mas por receio de perder informações cruciais. Com isso, a experiência de entretenimento se torna uma tarefa árdua.

LEIA TAMBÉM  Wiccano e Agatha devem retornar ao MCU em algum momento, diz criadora

O que vem pela frente

Apesar das críticas e da fadiga do público, a Marvel não desacelera. Em 2025, a fase 6 promete retomar o fôlego com Quarteto Fantástico: Os Primeiros Passos e, em 2026, Vingadores: Apocalipse. No streaming, o Disney Plus receberá Olhos de Wakanda, Zumbis da Marvel e Magnum, todos ainda este ano.

A questão que se impõe é: o MCU vai conseguir reconquistar seu público, ou continuará se afundando no próprio labirinto de referências? Uma coisa é certa — até Kevin Feige parece estar cansado. E isso, vindo do arquiteto do universo, é um sinal de alerta que a Marvel talvez não possa mais ignorar.

LEIA TAMBÉM  Ariana Grande será noiva 'dominadora' em novo 'Entrando Numa Fria' com De Niro e Stiller!

Você tem acompanhado o MCU ou também está se sentindo sobrecarregado?

Sobre o autor

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa. Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer. Contato: matheus@nosbastidores.com.br

Ler posts desse autor