Fernanda Torres homenageia Eunice Paiva e destaca legado de luta pela democracia
Nesta segunda-feira, 25, Fernanda Torres emocionou seus seguidores ao compartilhar um momento íntimo relacionado ao filme Ainda Estou Aqui. A atriz visitou o túmulo de Eunice Paiva, mãe de Marcelo Rubens Paiva e figura central de sua interpretação no longa-metragem. A lápide de Eunice, localizada no Cemitério do Araçá, em São Paulo, traz a inscrição: “Exemplo para a família e para a democracia brasileira”, em alusão ao seu papel ativo durante a ditadura militar e na luta pelos direitos humanos e indígenas.
Na legenda da publicação, Fernanda escreveu: “Há um ano, se encerravam as filmagens de Ainda Estou Aqui e fui sozinha agradecer a essa grande brasileira, pela honra de tê-la encarnado no cinema. Obrigada, Eunice.” A postagem reflete o impacto do filme, que foi escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga ao Oscar 2025 na categoria de Melhor Filme Internacional.
Sucesso nas bilheterias brasileiras
O filme, dirigido por Walter Salles, voltou à liderança das bilheterias nacionais neste final de semana, superando Gladiador II. Em sua terceira semana de exibição, arrecadou R$ 8,9 milhões, atraindo 390 mil espectadores. Até o momento, Ainda Estou Aqui acumula R$ 38,7 milhões em receita no país e já foi visto por 1,7 milhão de pessoas, consolidando-se como um dos maiores sucessos do cinema brasileiro em 2024.
Transformação física e emocional para viver Eunice Paiva
A atuação de Fernanda Torres como Eunice Paiva é um dos pontos altos do filme, e a preparação para o papel envolveu desafios físicos e emocionais. Em entrevista ao Fantástico, a atriz revelou que precisou emagrecer significativamente para encarnar a personagem. “Eu achava que não tinha peso para perder, mas ela [Eunice] tinha obsessão por magreza, porque a família toda engordava”, explicou.
Fernanda também detalhou as exigências do papel. “Ela vai para a prisão e perde 11 kg em nove dias. Não consegui chegar no que ela alcança na prisão, mas perdi de 8 a 10 kg”, revelou, destacando a força de Eunice Paiva em meio às adversidades enfrentadas na ditadura militar.
Um filme que celebra a resistência e a memória
Dirigido por Walter Salles, Ainda Estou Aqui é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e mistura elementos biográficos e ficcionais para contar a história de Eunice Paiva. Sua luta contra as atrocidades do regime militar e o legado deixado por sua coragem são pilares da narrativa.
A homenagem de Fernanda Torres ao visitar o túmulo de Eunice reflete a profundidade emocional que a obra carrega. “Esse filme não é apenas sobre uma pessoa ou um período, é sobre a resistência, a memória e a importância de nunca esquecermos o passado para construirmos um futuro mais justo”, declarou a atriz em uma entrevista recente.
O público segue ansioso pela trajetória do filme na disputa por uma vaga no Oscar, mas o impacto já causado no Brasil mostra que Ainda Estou Aqui é uma obra destinada a marcar a história do cinema nacional.