Lívia dos Santos, conhecida como a funkeira MC Pink e filha caçula do lendário jogador de futebol Mané Garrincha (1933-1983), morreu aos 44 anos de idade. A notícia foi confirmada pela filha de Lívia em uma publicação emocionada nas redes sociais. Segundo o site G1, a artista, que morava em Bangu, na Zona Oeste do Rio, sofria de problemas cardíacos.
A partida precoce de Lívia, que era filha de Garrincha com Vanderléia Oliveira, traz de volta à memória a história de glórias e a vida conturbada de um dos maiores gênios que o futebol mundial já viu.
‘Minha estrelinha mais linda’, lamenta a neta de Garrincha
Em sua despedida, a filha de MC Pink publicou uma homenagem comovente à mãe. “Te amo muito, mãe, minha estrelinha mais linda. É, mamãe, não consigo acreditar ainda que você se foi, parece que foi ontem quando a gente estava juntas no quarto rindo de tudo, mas Deus tinha outros planos para você”, escreveu a jovem. “O importante é você estar bem, essa dor nunca vai sair de mim, mas saiba que eu te amo muito e sempre vou te amar.”
Mané Garrincha: a trajetória do gênio das pernas tortas
Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha, é mais que um nome na história do futebol: ele é um mito. Conhecido como o “Anjo das Pernas Tortas”, Garrincha encantou o mundo com dribles desconcertantes que pareciam desafiar a lógica. Nascido com um desvio na coluna e pernas arqueadas, ele transformou o que seria um impedimento em sua maior arma.
Ídolo máximo do Botafogo, clube que defendeu na maior parte de sua carreira, o auge de Garrincha foi com a camisa da Seleção Brasileira. Ao lado de Pelé, formou uma dupla invencível — com os dois em campo, o Brasil jamais perdeu uma partida. Ele foi peça fundamental na conquista da Copa do Mundo de 1958 e, em 1962, com Pelé lesionado, assumiu o protagonismo e liderou a seleção ao bicampeonato, sendo eleito o melhor jogador do torneio.
A vida fora dos gramados, no entanto, foi conturbada. Após o fim da carreira e um casamento polêmico com a cantora Elza Soares, o alcoolismo cobrou seu preço. Garrincha morreu jovem, aos 49 anos, em 20 de janeiro de 1983, vítima de cirrose hepática, deixando um legado de genialidade inigualável e uma história de vida marcada por glórias e tragédias, que agora se estende à perda de sua filha caçula.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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