Vivian Kubrick declara que Stanley Kubrick apoiaria Donald Trump e aprovaria uso de cenas de “Nascido para Matar”
Vivian Kubrick, filha do renomado diretor Stanley Kubrick, gerou polêmica ao afirmar que seu pai apoiaria o ex-presidente Donald Trump e aprovaria o uso de cenas do filme “Nascido para Matar” em um vídeo publicado por Trump. O ex-presidente compartilhou a gravação em suas redes sociais no dia 13 de outubro, com uma forte mensagem: “NÃO TEREMOS UM MILITAR CONSCIENTE!” (em referência ao movimento “woke” nas Forças Armadas dos Estados Unidos).
O vídeo inclui clipes do filme de guerra de Stanley Kubrick, usados para traçar um paralelo entre como Trump, segundo ele próprio, comandaria o exército em comparação com Kamala Harris. Em resposta, Vivian Kubrick defendeu o uso do material, explicando sua posição e como ela acredita que seu pai se posicionaria em relação à polêmica.
Vivian Kubrick defende Trump e aborda o uso de “Nascido para Matar”
Vivian, em uma série de postagens, afirmou que, embora o filme tenha uma temática antiguerra, o momento atual justifica seu uso por Trump. Ela declarou que concorda “em princípio que um filme antiguerra é incongruente com a promoção da ideia de um exército americano resistente e não acordado”, mas acrescentou que os tempos atuais exigem ações mais pragmáticas. Segundo ela, a escolha do filme teria sido motivada pela sua representação realista e impactante do treinamento militar, contrastando com a inserção de ideologias consideradas por ela como desmoralizantes.
Para Vivian, seu pai, que era conhecido por seu interesse por armas para autodefesa e que apoiou o presidente Ronald Reagan, também estaria ao lado de Trump em sua luta contra o que ela descreveu como “forças globalistas altamente destrutivas”. Em seu ponto de vista, a luta para manter as Forças Armadas dos EUA longe da ideologia “woke” justificaria o uso das imagens de “Nascido para Matar”, mesmo que de forma incongruente com a mensagem original do filme.
Vivian Kubrick concluiu suas declarações afirmando que, conhecendo seu pai, ele “perdoaria” Trump por usar o filme dessa forma se isso ajudasse a preservar a liberdade e fortalecer as Forças Armadas. A cineasta defendeu que, apesar de Stanley Kubrick ter criado filmes com temáticas críticas à guerra, ele possuía um entendimento profundo das complexidades da natureza humana, o que, segundo ela, justificaria seu apoio a Trump neste contexto.
Essas declarações geraram controvérsia nas redes sociais e reacenderam debates sobre o uso de obras culturais em contextos políticos, além de questionar a visão que Stanley Kubrick, conhecido por seu olhar crítico e reflexivo sobre a guerra, teria em relação à política contemporânea.