Os fãs da aclamada série Sherlock, da BBC, que aguardavam ansiosamente por um retorno, receberam um balde de água fria. O cocriador e roteirista da produção, Mark Gatiss, colocou um ponto final nos rumores e descartou a possibilidade de um revival. Em uma nova entrevista ao site Collider, ele questionou “qual seria o sentido?” de trazer a série de volta e afirmou que, para ele, é hora de “seguir em frente” com novos projetos.
A declaração de Gatiss é um golpe nas esperanças dos admiradores, especialmente porque contradiz falas mais otimistas de outros membros da equipe. “Não”, respondeu ele de forma categórica ao ser perguntado sobre uma nova temporada. “Nós tentamos e acertamos em cheio com Benedict [Cumberbatch] e Martin [Freeman]. Quer dizer, não há… qual seria o sentido? Seria simplesmente fazer tudo de novo”, justificou.
O auge que não precisa ser repetido
Para Mark Gatiss, a série já atingiu seu auge e não há necessidade de revisitá-la. Ele explicou que, prestes a completar 60 anos, seu foco está em novos desafios criativos. “Estou comprometido com isso [novos projetos] e muito interessado em fazer coisas novas, e Bookish [sua série atual] é o que eu quero fazer”, disse.
“Acho ótimo, como disse ontem, é ótimo tirar o chapéu para o quão maravilhoso [Sherlock] foi, mas também é ótimo seguir em frente”, concluiu, selando o caixão sobre um possível retorno do detetive da Rua Baker.
A fala de Gatiss entra em conflito direto com uma declaração da produtora da série, Sue Vertue, que no final do ano passado afirmou que “há um futuro para ela [a série]”, embora tenha condicionado um retorno à reunião do elenco e da equipe originais.
O legado de uma série fenômeno
Exibida pela última vez em 2017, Sherlock foi um fenômeno global. A série, que transportou os contos clássicos de Sir Arthur Conan Doyle para a Londres moderna, transformou seus protagonistas, Benedict Cumberbatch (Sherlock Holmes) e Martin Freeman (Dr. John Watson), em estrelas internacionais. Ambos, posteriormente, ingressaram no Universo Cinematográfico Marvel (MCU) como Doutor Estranho e o agente Everett Ross, respectivamente.
Com quatro temporadas e um especial de Natal, a produção atingiu seu pico de popularidade com o final da segunda temporada, em que a aparente morte de Sherlock gerou meses de especulação e análises intensas de fãs ao redor do mundo, que tentavam desesperadamente descobrir como ele teria forjado sua própria morte.
A declaração de Mark Gatiss, uma das mentes criativas por trás do sucesso, parece ser a palavra final sobre o assunto. Para os fãs, resta agora revisitar as temporadas clássicas e aceitar que o jogo, para esta versão de Sherlock Holmes, chegou mesmo ao fim.