Florence Pugh compartilhou, em uma entrevista recente ao podcast Reign with Josh Smith, suas reflexões sobre o papel que interpretou em Midsommar, filme dirigido por Ari Aster, e o impacto emocional que a personagem teve sobre ela. A atriz revelou que, embora esteja orgulhosa de sua performance, o papel de Dani, uma jovem americana em colapso psicológico em um festival de verão sueco, foi um dos mais desafiadores da sua carreira, a ponto de ela sentir que “abusou de si mesma” durante a produção.
A intensidade de Midsommar e os desafios emocionais
Pugh comentou que, durante as filmagens de Midsommar, se viu forçada a explorar emoções e situações extremamente intensas e dolorosas para dar vida à sua personagem. “Houve alguns papéis em que eu dei muito e fiquei quebrada por um longo tempo depois”, disse a atriz, refletindo sobre o quanto se entregou para interpretar a protagonista do filme. Ela explicou que o processo de interpretação a levou a se colocar em situações emocionais extremamente desgastantes, o que a levou a perceber a necessidade de se proteger mais em projetos futuros.
“Eu definitivamente senti que abusei de mim mesma nos lugares que eu me fiz ir”, Pugh afirmou. No entanto, ela também destacou o quanto se orgulha da performance e do resultado do filme, sem arrependimentos, mas com uma nova perspectiva sobre seus próprios limites como atriz.
Superando os desafios de Midsommar
Embora tenha descrito o ambiente de filmagem como difícil, Pugh deixou claro que qualquer sofrimento que tenha experimentado foi autoinfligido como parte do processo criativo. Ela mencionou que o diretor Ari Aster, apesar de seu estilo peculiar e até “genialmente louco”, foi uma figura essencial na criação do clima do filme. Pugh descreveu Aster como alguém com um senso de humor peculiar, com uma abordagem única para fazer seus atores rir antes de fazer com que eles chorem.
A atriz também comentou sobre as condições de filmagem, que aconteceram em um campo quente com várias línguas diferentes sendo faladas, e disse que, apesar de tudo, a experiência não deveria ser prazerosa, dado o tipo de história que estava sendo contada. “Por que fazer um filme como esse seria prazeroso?”, refletiu Pugh sobre a natureza desafiadora de Midsommar.
O legado emocional de Dani e o impacto psicológico
Em outras entrevistas, Florence Pugh já havia revelado o quanto o papel de Dani foi um dos mais emocionalmente exigentes de sua carreira. “Eu me colocava em situações realmente ruins que talvez outros atores não precisem fazer, mas eu ficava imaginando as piores coisas”, disse. Ela acrescentou que a cada dia as cenas ficavam mais difíceis e que as emoções intensas que experimentava para interpretar Dani acabaram afetando seu estado psicológico, algo que ela reconhece agora como um risco para sua saúde mental.
Pugh revelou que, ao terminar as filmagens de Midsommar, sentiu uma profunda sensação de culpa ao começar a trabalhar em Adoráveis Mulheres, de Greta Gerwig. “Lembro-me de olhar para fora do avião e sentir uma culpa imensa porque senti que tinha deixado [Dani] naquele campo naquele estado”, compartilhou a atriz. Ela descreveu a sensação de ter “deixado” a personagem em um estado emocional vulnerável enquanto começava a trabalhar em um novo projeto, o que a deixou com uma sensação psicológica pesada, algo que nunca havia experimentado antes.
Reflexões sobre o futuro e a autossuperação
Florence Pugh enfatizou a importância de aprender a se proteger como atriz ao longo dos anos. O impacto de papéis intensos como o de Dani em Midsommar a ensinou a reconhecer quando algo é emocionalmente excessivo e a importância de respeitar seus próprios limites. Ela finalizou destacando que, apesar dos desafios que enfrentou, sente uma profunda gratidão por poder compartilhar suas experiências através da atuação, mas agora com um olhar mais atento à sua saúde emocional.