A Epic Games anunciou uma expansão massiva para a economia de criadores dentro de Fortnite. A partir de dezembro, os desenvolvedores de ilhas personalizadas poderão vender itens dentro de suas próprias criações e também pagar para que seus mapas tenham destaque no menu “Descobrir” do jogo. A novidade representa uma mudança radical no ecossistema, transformando o Modo Criativo em um verdadeiro mercado auto-sustentável.

A iniciativa visa dar ainda mais poder e ferramentas de monetização para a comunidade de criadores, que, segundo a Epic, já recebeu mais de US$ 722 milhões em pagamentos por seu trabalho dentro do jogo.

Novas formas de monetização para os criadores

A partir de dezembro, duas novas e poderosas ferramentas estarão disponíveis. A primeira é a possibilidade de vender itens diretamente dentro das ilhas. Isso abre um leque de oportunidades para os criadores monetizarem suas experiências de formas inéditas, criando uma economia direta entre eles e os jogadores.

A segunda é a “Linha Patrocinada”. Criadores poderão investir dinheiro para que suas ilhas apareçam em uma nova seção de destaque no menu “Descobrir”, garantindo mais visibilidade. Em uma medida para fomentar o ecossistema, a Epic anunciou que, até o final de 2026, 100% da receita gerada por essa linha patrocinada será reinvestida no fundo geral de pagamento aos criadores.

O ecossistema bilionário do Modo Criativo

A decisão de aprofundar as ferramentas de monetização reflete o tamanho gigantesco que o ecossistema criativo de Fortnite alcançou. Desde que a funcionalidade foi lançada, a Epic Games afirma que os jogadores já passaram mais de 11,2 bilhões de horas jogando em cerca de 260.000 ilhas feitas pela comunidade.

O modelo atual, de “pagamento por engajamento”, distribui 40% da receita líquida da Loja de Itens entre os criadores com base na popularidade de suas ilhas. Até hoje, esse sistema já pagou um total de US$ 722 milhões (cerca de R$ 3,9 bilhões) aos desenvolvedores.

A justificativa da Epic Games para a futura divisão da receita

A Epic também explicou a estrutura financeira por trás da nova “Linha Patrocinada”. Enquanto a receita será 100% revertida para os criadores até o fim de 2026, a partir de 2027 essa fatia cairá para 50%. Segundo a empresa, a mudança é necessária para cobrir os custos operacionais do ecossistema. “Nos últimos anos, a Epic tem investido e operado o negócio com prejuízo”, afirmou a companhia, citando custos com servidores, moderação e pesquisa.