Harrison Ford, em uma recente entrevista ao Wall Street Journal (WSJ), não poupou elogios à atuação de Troy Baker no videogame Indiana Jones and the Great Circle. Ford, que é a lenda por trás do personagem icônico de Indiana Jones, destacou a performance de Baker como “brilhante”. Ele fez esses comentários pouco tempo depois de subir ao palco do The Game Awards 2024, onde também elogiou o trabalho do dublador. Essa mudança de perspectiva de Ford é notável, pois em 2019 o ator havia declarado que “ninguém mais” poderia interpretar o famoso arqueólogo.
A reviravolta de Ford demonstra sua admiração pela forma como Baker trouxe Indy à vida, sem o uso de inteligência artificial (IA). A atuação foi suficiente para provar que a habilidade humana e o talento ainda são insubstituíveis, ao contrário do que muitos temem com o avanço das tecnologias de IA.
Crítica de Harrison Ford à IA em performances
Apesar de seus elogios a Troy Baker, Ford se mostrou bastante cético em relação ao crescente uso de inteligência artificial para substituir o trabalho de atores e dubladores. “Você não precisa de inteligência artificial para roubar minha alma. Você já pode fazer isso por centavos com boas ideias e talento”, declarou o ator, destacando que a performance de Baker foi um exemplo claro de que o talento humano ainda é o principal motor por trás de grandes atuações.
Ford deixou claro que ele não vê necessidade de recorrer a IA para recriar performances humanas, especialmente em casos como o de Indiana Jones and the Great Circle, onde a interpretação de Baker já foi mais do que suficiente para fazer o personagem brilhar. Sua posição reflete uma resistência crescente no meio artístico contra a utilização excessiva de tecnologias para substituir o trabalho criativo humano.
A visão de Harrison Ford sobre o futuro e sua própria replicação
Em relação ao futuro da sua própria imagem, Ford demonstrou um misto de aceitação e indiferença. Ao comentar sobre a possibilidade de sua semelhança ser replicada digitalmente no futuro, o ator declarou: “Meu plano é continuar trabalhando por trás desse rosto até que eu não me importe mais com o que acontece”. Ford parece estar ciente de que, eventualmente, sua imagem possa ser usada de maneiras que ele não pode controlar, mas também se mostra tranquilo sobre o assunto, dizendo: “Não haverá necessidade de mim. Há alguém atrás de mim. Fazendo o que eu fiz.”
Isso sugere uma visão pragmática e até filosófica de Ford sobre a natureza do trabalho artístico e o impacto da tecnologia na indústria cinematográfica. Mesmo que sua imagem ou voz possam ser replicadas por IA no futuro, o ator parece acreditar que o trabalho e a criatividade humana continuarão a ser fundamentais para o sucesso das produções.
O futuro das dublagens e a atuação no cinema
Harrison Ford continua sendo uma das figuras mais respeitadas de Hollywood, e sua postura sobre o uso de IA na atuação levanta questões importantes sobre os limites da tecnologia no cinema e na dublagem. Sua crítica sugere que, enquanto a tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa, ela não pode substituir o talento e a habilidade humana que são necessários para criar personagens autênticos e memoráveis.
