Apesar do grande fracasso de bilheteira de “Indiana Jones e a Relíquia do Destino”, que fez a Disney perder US$ 130 milhões, Harrison Ford não se deixa abalar pela decepção. O ator, que estrelou sua quinta e última participação como o icônico arqueólogo, se mostrou filosófico ao refletir sobre o desempenho do filme. Em entrevista à The Wall Street Journal Magazine, Ford comentou: “Merdas acontecem”, referindo-se ao fracasso comercial do longa.
Embora o filme não tenha sido bem-sucedido nas bilheteiras, Ford expressou sua satisfação em ter participado do projeto. Ele revelou que sempre acreditou que havia mais histórias a serem contadas para o personagem, especialmente ao mostrar Indy lidando com as consequências de sua vida tumultuada. “Eu ainda estou feliz por ter feito aquele filme”, disse Ford, demonstrando gratidão pela oportunidade de dar vida ao personagem mais uma vez.
A transição para o Universo Cinematográfico Marvel
Agora que a franquia “Indiana Jones” chegou ao fim, Ford embarca em uma nova e empolgante fase de sua carreira: o Universo Cinematográfico Marvel (MCU). Ele assumirá o papel de Thaddeus “Thunderbolt” Ross em “Capitão América: Admirável Mundo Novo”, substituindo o falecido William Hurt. Nesse novo papel, além de ser o presidente dos Estados Unidos, Ross se transforma no Hulk Vermelho.
Ford aceitou o papel sem saber todos os detalhes, revelando à WSJ Magazine: “Eu vi Marvels o suficiente para ver atores que eu admirava se divertindo. Por que não?”. Ele também brincou sobre a transformação em Hulk Vermelho, dizendo que não sabia exatamente o que aconteceria até o final, mas que isso é parte da diversão da vida.
Apesar de ser um ator veterano, Ford não vê o trabalho na Marvel como algo especialmente difícil. Em entrevista à Empire, ele disse que sua experiência foi “apenas mais um dia no escritório”, focando em entender a visão dos cineastas e contribuir de forma positiva para o filme.
Nostalgia e mudanças no cinema moderno
Aos 82 anos, Harrison Ford reflete sobre as mudanças no cenário cinematográfico, sentindo falta da conexão mais profunda que os filmes tinham com o público. Em sua conversa com a WSJ Magazine, ele lamentou que hoje os filmes, em grande parte, estão mais voltados para públicos de nicho e têm menos impacto cultural. “Estamos vivendo em um mundo diferente, sem o conforto de saber que estamos todos juntos nisso”, comentou Ford, destacando as diferenças entre o cinema de hoje e o de sua época.
Quando questionado sobre o que é um filme da Marvel, Ford o descreveu como “um grande nicho”. Embora ele reconheça que esse formato de filme tem seu público, ele sente falta do antigo impacto cultural global que o cinema tinha em décadas passadas.
O futuro de Ford na Marvel e o sucesso de “Capitão América: Admirável Mundo Novo”
“Capitão América: Admirável Mundo Novo”, que estreia em 14 de fevereiro, pode ser um dos maiores sucessos de bilheteira da carreira de Ford, mas o ator continua mantendo uma visão leve sobre a indústria cinematográfica. Mesmo com o fenômeno Marvel, ele ainda guarda carinho pelos tempos em que os filmes geravam um impacto mais amplo e coletivo na sociedade.
Com essa nova etapa no MCU, Ford continua a conquistar novas gerações de fãs, mantendo-se relevante mesmo aos 82 anos, enquanto reflete sobre a evolução do cinema e seu papel nessa história.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
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