Hulk Hogan, o superastro carismático e de bigode icônico que transformou a luta livre profissional em um fenômeno global de entretenimento familiar, morreu na manhã desta quinta-feira (24), aos 71 anos. A informação foi divulgada pelo site TMZ Sports. Segundo o portal, paramédicos foram chamados à sua casa em Clearwater, na Flórida, para atender a uma ocorrência de “parada cardíaca”. Ele foi levado a um hospital próximo, onde foi declarado morto.
A morte do ícone da WWE encerra um capítulo monumental na história do esporte e da cultura pop, silenciando uma de suas figuras mais reconhecidas e influentes.
O nascimento da “Hulkamania”
Antes de Hulk Hogan, a luta livre era um entretenimento de nicho. Foi a teatralidade magnética e o carisma de Hogan no ringue que cativaram crianças e pais nos anos 80, impulsionando o esporte para o mainstream. O fenômeno da “Hulkamania” explodiu em 1984, quando ele derrotou o The Iron Sheik para se tornar Campeão Mundial dos Pesos-Pesados da WWE. Sua bandana amarela, o bigode loiro e o bordão “What’cha gonna do, brother?” se tornaram marcas registradas de uma era.
Seu legado é construído sobre momentos inesquecíveis, como o confronto histórico com Andre the Giant na WrestleMania 3, em 1987, e o duelo de gerações contra Dwayne “The Rock” Johnson na WrestleMania X8, em 2002.
De Hollywood à TV e às controvérsias
O sucesso de Hogan transcendeu os ringues. Ele teve uma carreira de sucesso no cinema, começando com o papel memorável de “Thunderlips” em Rocky III (1982) e estrelando filmes como O Comando Suburbano e Mr. Nanny. Nos anos 2000, ele foi apresentado a uma nova geração através do reality show de sucesso da VH1, “Hogan Knows Best”, que mostrava sua vida em família.
Sua carreira, no entanto, também foi marcada por controvérsias. Em 2015, ele foi temporariamente afastado da WWE e removido do Hall da Fama após o vazamento de comentários racistas feitos em uma gravação secreta. Ele posteriormente processou o site Gawker, que divulgou o vídeo, em um caso que levou a empresa à falência. Hogan foi reintroduzido no Hall da Fama da WWE em 2020, como membro do grupo NWO.
Em comunicado, a WWE lamentou a morte de Hogan, descrevendo-o como “uma das figuras mais reconhecidas da cultura pop, que ajudou a WWE a alcançar reconhecimento global”.
A batalha pela saúde
Nos últimos anos, Hogan enfrentava uma série de problemas de saúde, resultado de décadas de lesões no wrestling. Ele passou por inúmeras cirurgias nas costas, quadris e joelhos. Recentemente, sua esposa havia negado rumores de que ele estaria em coma, afirmando que ele se recuperava bem de uma cirurgia no pescoço.
O mais incrível de Hulk Hogan foi sua resiliência. Mesmo com um corpo castigado por anos de batalhas, seu espírito permaneceu como o do herói “Real American” que conquistou o mundo.