Um especialista em computação fez uma previsão alarmante sobre o futuro da humanidade e o impacto da Inteligência Artificial (IA) no mercado de trabalho. O Dr. Roman Yampolskiy, cientista da computação e professor universitário, afirmou que a IA deve ocupar 99% de todos os empregos humanos dentro dos próximos cinco anos, criando um cenário de desemprego em massa nunca antes visto.

A declaração foi dada durante sua participação no popular podcast “Diary of a CEO”, onde ele detalhou o cronograma e os motivos por trás de sua visão distópica, argumentando que estamos nos aproximando rapidamente de um ponto sem retorno na automação do trabalho.

O avanço da Inteligência Artificial Geral (IAG)

Segundo o Dr. Yampolskiy, a virada acontecerá em duas etapas principais. A primeira, segundo ele, está a apenas dois anos de distância, quando a Inteligência Artificial Geral (IAG) estará a todo vapor. Isso significa que as empresas terão acesso a trabalho cognitivo gratuito e de alta performance. “Não faria sentido contratar humanos para a maioria das tarefas”, explicou ele, citando que uma IA poderia facilmente superar um podcaster, lendo todos os seus livros de referência e otimizando perguntas de forma sobre-humana.

A segunda etapa, prevista para daqui a cinco anos, seria a automação do trabalho físico. “Acho que os robôs humanoides estão cinco anos atrasados, então (até lá) todo o trabalho físico também poderá ser automatizado”, afirmou. O resultado, em sua visão, seria um nível de desemprego de 99%.

Quais empregos podem sobrar para os humanos?

Diante de um cenário tão drástico, o que sobraria para os trabalhadores humanos? Para o Dr. Yampolskiy, os empregos restantes seriam quase como um “fetiche” para os super-ricos. Ele compara a situação com a preferência de algumas pessoas por produtos feitos à mão em vez de itens produzidos em massa.

“Existem empregos em que você quer um humano, talvez você seja rico e queira um contador humano por qualquer motivo”, sugeriu. “Pessoas mais velhas gostam de formas tradicionais de fazer as coisas. Warren Buffett não migraria para a IA; ele usaria seu contador humano.” No entanto, ele ressalta que este seria um “pequeno subconjunto de um mercado”, sem “nenhuma razão prática”.

Uma ressalva para o pânico

Apesar do prognóstico assustador, o próprio especialista ofereceu uma pequena ressalva para acalmar os ânimos. Ele ressaltou que a simples existência da tecnologia não garante sua implementação imediata e generalizada. Para ilustrar seu ponto, ele lembrou que os videofones já existiam na década de 1970, mas só se tornaram populares e acessíveis décadas depois, com a chegada do iPhone e da internet de alta velocidade.

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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