O ator Jason Momoa, de 46 anos, revelou em uma entrevista recente que passou por uma experiência de quase morte aterrorizante durante um acidente de surfe, anos atrás, no Havaí. Em um relato sincero no podcast SmartLess, a estrela de Aquaman contou que chegou a “desistir” de lutar pela vida enquanto afundava no oceano e que o trauma teve uma consequência profunda e imediata: o fez largar um vício em cigarros que o acompanhava há anos.

O incidente, segundo ele, aconteceu quando sua filha, Lola, tinha apenas três meses de idade. Momoa surfava com amigos em Maui, a quase 1,5 km da costa, quando sua cordinha arrebentou e ele perdeu a prancha.

Preso no mar e “morto há 10 minutos”

Sozinho e sem a prancha, o ator foi arrastado para uma área de recifes perigosa, onde começou a ser atingido por ondas de três metros. “Eu estava preso num lugar insano e […] eles não conseguiam me ver”, contou, sobre seus amigos. “Eu estava com meu remo e acenava, mas eles não conseguiam me ver”.

O cansaço e o desespero começaram a tomar conta. “As ondas eram tão grandes que praticamente arrancaram meu shorts. Eu fiquei lá por um bom tempo e então percebi que não havia ninguém vindo me resgatar. Eu já não conseguia mais me mover, meus braços e pernas cederam”, relatou. Foi nesse momento, pensando na filha recém-nascida, que ele desistiu. “Meu corpo parou, eu não conseguia mais mexer os braços e comecei a afundar”, detalhou.

Quando tudo parecia perdido, ele sentiu algo sólido com o pé no fundo do mar — provavelmente um coral — e usou isso para um último impulso em direção à superfície, conseguindo respirar. Ele se agarrou ao coral, com os pés sangrando, sentindo-se como se estivesse “morto há uns 10 minutos”, até ser finalmente resgatado pelos amigos.

O vício que nem os filhos curaram

A experiência traumática, no entanto, teve um efeito transformador. Momoa revelou que era um fumante inveterado. “Eu fumava, fumava dois ou três maços por dia. Não consegui parar nem pelos meus filhos, nem pela minha ex. Não conseguia parar de fumar”, confessou.

O trauma do quase afogamento foi o único gatilho capaz de quebrar o vício. “E no momento em que saí dali, nunca mais fumei. Foi como se eu tivesse morrido”, refletiu. “Eu tentei e tentei [parar antes], mas não consegui. [Naquele dia] eu simplesmente desisti. Eu desisti da minha vida.” Para o ator, a experiência foi uma espécie de morte e renascimento, que lhe deu uma “segunda chance” e a força para abandonar o cigarro de uma vez por todas.

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