O jornalista Jez Corden, conhecido pelo seu trabalho no Windows Central, recentemente compartilhou suas preocupações em relação às estratégias adotadas pela Microsoft, que visam o lucro no curto prazo, mas podem resultar em danos de longo prazo para produtos fundamentais, como Windows, Surface e até mesmo o Xbox.

Corden destaca que a busca desenfreada por lucratividade tem levado a empresa a tomar decisões questionáveis, algumas das quais já tiveram impactos negativos no passado. Ele menciona o exemplo do fim do Windows Phone, que permitiu que concorrentes como Google e Apple dominassem o mercado móvel, algo reconhecido até mesmo por Bill Gates como um grande erro de gestão.

Em um mea culpa, Corden reconhece sua ingenuidade ao acreditar na visão anterior da Microsoft, que parecia priorizar responsabilidade social, satisfação do cliente e bem-estar dos funcionários. Ele expressa pesar pelos clientes, parceiros e funcionários que agora parecem ser tratados como secundários em relação ao lucro.

Um dos pontos críticos levantados por Corden é a descaracterização do Xbox, especialmente com a estratégia atual da Microsoft. Ele condena os anúncios no menu iniciar do Windows 11 e argumenta que a decisão de disponibilizar exclusivos do Xbox em outras plataformas, como o PlayStation, pode minar a identidade e o propósito do console. Isso, segundo ele, pode transformar o Xbox em nada mais do que um editor de jogos, o que impactaria profundamente sua posição no mercado.

Corden ressalta que essa abordagem arrisca a confiança do público que ajudou a estabelecer o Xbox ao longo dos anos e revela um desconforto interno dentro da Microsoft. Enquanto uma ala da empresa é cautelosa em relação a essas estratégias, parece que Satya Nadella, CEO da Microsoft, está determinado a seguir esse caminho, como indicado por sua declaração de levar grandes jogos do Xbox para mais dispositivos, inclusive os concorrentes.

Em resumo, Corden alerta para os perigos de sacrificar a fidelidade do cliente e a identidade da marca em troca de ganhos financeiros de curto prazo, uma abordagem que pode ter consequências significativas para a Microsoft no futuro.

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