Julgamento de homicídio culposo de Alec Baldwin não terá testemunho da armeira condenada

O julgamento de Alec Baldwin por homicídio culposo, relacionado ao tiro fatal que vitimou a cinegrafista Halyna Hutchins no set do filme “Rust”
Julgamento de homicídio culposo de Alec Baldwyn não terá testemunho da armeira condenada Julgamento de homicídio culposo de Alec Baldwyn não terá testemunho da armeira condenada
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O julgamento de Alec Baldwin por homicídio culposo, relacionado ao tiro fatal que vitimou a cinegrafista Halyna Hutchins no set do filme “Rust” em 2021, está confirmado para o próximo mês. A decisão foi mantida pela juíza Mary Marlowe Sommer, do Novo México, na última sexta-feira. A juíza também decidiu que Hannah Gutierrez-Reed, armeira condenada do filme, não precisará testemunhar no julgamento.

Em uma audiência virtual acalorada, Sommer rejeitou a moção da acusação que pedia para que Gutierrez-Reed testemunhasse com imunidade. “Não ouvi nada que ela possa testemunhar que outra pessoa não possa”, afirmou a juíza, rejeitando a ideia de um “mini julgamento dentro do julgamento”.

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Gutierrez-Reed foi condenada a 18 meses de prisão em abril, após ser considerada culpada de homicídio involuntário. A juíza Sommer negou a moção da defesa de Baldwin para anular o caso, sustentando que há fatos disputados que devem ser apresentados ao júri. O julgamento está programado para começar em 9 de julho e deve durar cerca de duas semanas, com Baldwin presente.

Contexto e Argumentos Legais contra Alec Baldwin

Os promotores especiais Kari Morrissey e Erlinda Johnson defenderam a importância de Gutierrez-Reed testemunhar, alegando que o júri deve ter acesso a todas as informações relevantes. No entanto, Jason Bowles, advogado de Gutierrez-Reed, argumentou que ela não quer colaborar devido ao risco de autoincriminação.

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Durante a audiência, o advogado de defesa John Bash tentou, sem sucesso, argumentar que a acusação contra Baldwin deveria ser anulada. Ele alegou que o estado não conseguiu provar que Baldwin tinha uma consciência subjetiva do risco ao manusear a arma. A juíza Sommer discordou, citando as regras da SAG-AFTRA sobre o uso de armas em sets de filmagem e afirmando que Baldwin não deveria ter apontado a arma.

A promotora Morrissey respondeu que a arma só seria perigosa se carregada com munição real, e que Baldwin sabia disso. Ela citou outros incidentes de “disparos acidentais” no set de “Rust” como evidência de que Baldwin estava ciente dos riscos.

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A audiência de sexta-feira também abordou outras moções da defesa, incluindo pedidos para excluir certas testemunhas e alegações de destruição de provas. Até o momento, todas as tentativas da defesa para anular o caso foram rejeitadas.

Baldwin, que se declarou inocente das acusações de homicídio involuntário, enfrenta ainda vários processos civis relacionados ao incidente. “Rust”, cuja produção foi retomada e concluída em Montana, ainda não encontrou um comprador.

O julgamento iminente de Alec Baldwin é aguardado com grande interesse, refletindo não apenas nas questões legais envolvidas, mas também no impacto que terá sobre a segurança e os protocolos no setor cinematográfico.

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Sobre o autor

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa. Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer. Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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