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King Richard: Criando Campeãs tem Will Smith em grande performance

Gabriel Danius Gabriel Danius
In Capa, Catálogo, Cinema, Críticas•24 de março de 2022•10 Minutes

As irmãs Serena Williams e Venus Williams fizeram história no Tênis ao competir em alta performance desde muito jovens contra grandes adversárias da época. É difícil que alguém que se denomine fã de esportes ou que seja conhecedor de grandes façanhas esportivas nunca tenha ouvido falar das irmãs Williams, ou de como arrasavam suas adversárias em quadra. Nesse cenário o filme King Richard: Criando Campeãs é um prato cheio para quem curte acompanhar cinebiografias de sucesso e também para quem quer saber como foi o árduo caminho delas até obter o triunfo.

Apesar do longa contar a biografia das irmãs o grande foco está mesmo no pai das Williams, Richard, interpretado por Will Smith (Bad Boys Para Sempre), em um trabalho que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator e merecidamente. A trama gira em torno dos ensinamentos de Richard em torno do duro método de ensino em que colocou em prática para doutrinar suas filhas no Tênis desde muito jovens com a finalidade de se tornarem grandes atletas, algo que é apresentado de maneira sagaz pelo diretor Reinaldo Marcus Green, ao mostrar como ocorreram os percalços pelos quais a família percorreu até chegar as tão esperadas conquistas, algo bem comum a ser feito em produções do gênero.

Um Projeto de Sucesso

O fato é de que o roteiro escrito pelo iniciante Zach Baylin para King Richard é daqueles feitos para expor como a carreira de sucesso das duas tenistas não foi nada fácil, apresentando desde seus treinamentos pesados com seu pai, até os caminhos complicados para se firmar em um esporte de elite e praticado quase majoritariamente por garotas brancas. Nisso o diretor Marcus Green inseriu boas cenas que discutem o preconceito no esporte e que falam sobre o racismo que Venus e Serena sofreram ao ingressarem no Tênis.

Portanto, é um acerto do roteiro abordar o tema do racismo, um assunto muito presente ainda na sociedade americana e mundial, mas por não ser um fator principal do longa acaba por ser algo deixado de lado e perde sua força, mesmo sendo tão importante como deveria ser abordado, tendo seus momentos reduzidos a situações em que Venus está se envolvendo nas grandes competições apenas contra jogadoras brancas e também em outros em que Richard tenta motivá-la a se tornar mais que uma jogadora, mas também um ícone para uma geração de garotas negras que possam jogar e quebrar a barreira do racismo. Muito pouco para um filme que tinha tudo para trazer uma mensagem social impactante de modo menos superficial do que foi mostrado.

Por ser uma cinebiografia de origem, ao estilo do que foi Rocketman, apresentando a trilha ardilosa em que o cantor Elton John teve até chegar ao sucesso, em King Richard é parecido, pois conta apenas uma parte da vida das irmãs Williams, até o momento que ficam famosas, e isso foi um acerto por parte do diretor Marcus Green, até porque há muito de interessante na vida não apenas das duas irmãs, mas também na de Richard e de como ele cuidava da carreira de Venus e de Serena com mãos de ferro.

Em relação ao elenco não há muito o que dizer, pois o foco todo está em Will Smith. Já há alguns anos Will Smith – para não dizer muitos anos – persegue a tão sonhada meta de conquistar o Oscar, não é uma obsessão, mas um desejo do astro americano de receber a estatueta de Melhor Ator. Após muitos erros na carreira, com atuações contraditórias, o astro hora ou outra acaba acertando em algum papel dramático, e ao interpretar Richard faz uma de suas melhores performances de sua carreira, não à toa concorre com destaque na categoria de Melhor Ator, com grandes chances de receber o prêmio. Will Smith dá vida para um pai rigoroso e cheio de traumas e parece usar sua própria personalidade para dar maior presença e força ao protagonista.

King Richard: Criando Campeãs tem muita história para pouco filme

Há muito mais escondido nas entrelinhas de King Richard do que é mostrado no longa de Reinaldo Marcus, e por isso mesmo que algumas decisões foram feitas acerca do roteiro para fazer a trama girar com maior facilidade, como o de focar em apenas dois ou três personagens e o de pegar situações específicas da trajetória de conquistas lá na origem das Williams. Mas isso não é o suficiente para fazer com que se tire o vazio com que a narrativa acaba se inserindo em um certo ponto, principalmente em seu último ato, depois que a mensagem já havia sido passada ao público e não havia mais o que ser mostrado, a não ser o grande duelo entre Venus Williams e a tenista Arantxa Sánchez Vicario.

Por ser uma história grandiosa de sucesso é óbvio que o espectador esperasse muito mais dela do que realmente foi entregue e o resultado final é uma grande novela com muito drama, e com um ritmo bastante arrastado para não dizer chato em alguns momentos, chegando a ser difícil de terminar o longa de tão lento e monótonos que são alguns dos diálogos dos personagens. Faltou mais ação para algumas cenas e também maior realismo, já que algumas questões foram deixadas de lado, como o próprio fato de Richard não ser tudo isso que foi apresentado na história.

Por Serena e Venus Williams serem duas das produtoras executivas do filme é natural que Richard fosse pintado como um salvador da pátria na trama, e também como um homem disciplinador e que estivesse sempre pensando no bem das filhas, mas na história real não foi bem assim que aconteceu. Richard colocou as filhas no Tênis pensando no dinheiro e na fama que viria se elas conseguissem se sobressaírem sobre as adversárias e não para as duas não caírem na vida do crime como é visto no longa. Richard era visto pela vizinhança como um carrasco para as Williams no jeito que as treinava, fato que é mostrado na produção, mas de um jeito bastante romântico, ou seja, o lado positivo da história acaba ganhando maior destaque do que o lado negativo em si.

Quanto as atrizes Saniyya Sidney, no papel de Venus Williams, e Demi Singleton, como Serena Williams, estão bem caracterizadas em relação as duas jovens tenistas, isso se imaginar que Venus Williams se tornou profissional com 14 anos e no filme, no duelo final, ela deveria ser um pouco mais alta do que a atriz realmente aparentava ser – isso levando em conta o tamanho real que Venus tinha na época – é um deslize que poderia ter sido evitado. A atuação das atrizes não está ruim, mas o fato da caracterização não estar no mesmo nível da realidade já perde um pouco da força do roteiro.

King Richard: Criando Campeãs é um relato breve da meteórica carreira de sucesso de Venus e Serena Williams, dando maior destaque dramático para as irmãs e para Richard que para o restante da família, tendo no primeiro ato a família se mostrando personagens bastante interessantes e instigantes, mas que depois foram abandonados por motivos óbvios, o que é uma pena, já que renderiam muito por serem ótimos de acompanhar pelo resto da trama, principalmente Oracene Williams (Aunjanue Ellis), esposa de Richard. É um longa que poderia ter ido muito mais além do que apenas ter contado uma história de superação, mas que vale como relato histórico e de vida da família e que deve emocionar o público ávido por narrativas do gênero.

King Richard: Criando Campeãs (King Richard, EUA – 2021)

Direção: Reinaldo Marcus Green
Roteiro: Zach Baylin
Elenco: Will Smith, Aunjanue Ellis, Jon Bernthal, Saniyya Sidney, Demi Singleton, Tony Goldwyn, Mikayla Lashae Bartholomew
Gênero: Biografia, Drama, Esportes
Duração: 138 min

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Gabriel Danius

Jornalista e cinéfilo de carteirinha amo nas horas vagas ler, jogar e assistir a jogos de futebol. Amo filmes que acrescentem algo de relevante e tragam uma mensagem interessante.

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