Kingdom Come: Deliverance só existe porque criador estava cansado da falta de RPGs históricos

Daniel Vavra, criador de Kingdom Come: Deliverance, revelou que a falta de videogames históricos inspirou o desenvolvimento
Kingdom Come: Deliverance só existe porque criador estava cansado da falta de RPGs históricos Kingdom Come: Deliverance só existe porque criador estava cansado da falta de RPGs históricos
Deep Silver

Kingdom Come: Deliverance nasceu da frustração de Daniel Vavra com a falta de jogos históricos

Daniel Vavra, criador do aclamado Kingdom Come: Deliverance, compartilhou recentemente sua motivação para criar o jogo. Em uma entrevista para a edição 402 da PC Gamer, Vavra afirmou que o projeto foi impulsionado por sua frustração com a falta de videogames históricos realistas. Enquanto o mercado de games já explora temas históricos em títulos de fantasia ou de ação, poucos trazem uma abordagem rigorosa e autêntica à história. Com seu lançamento em 2018, Kingdom Come: Deliverance se destacou ao oferecer uma experiência fiel ao período da Boêmia no século XV, deixando de lado elementos de fantasia e colocando os jogadores em um contexto histórico genuíno.

Vavra explicou que sentia a indústria de jogos presa a um certo conservadorismo: “Quando você sugeria um jogo sem monstros, a resposta era sempre de estranheza. Parecia que, sem criaturas fantásticas, um jogo não atrairia o público.” Para ele, esse conservadorismo contrastava com o sucesso dos temas históricos em outras mídias, como filmes e literatura. Foi justamente essa percepção de que o mercado de games ainda não havia explorado o potencial dos temas históricos com autenticidade que incentivou Vavra a desenvolver o projeto.

Kingdom Come: Deliverance e o sucesso da abordagem histórica

Após seu lançamento, Kingdom Come: Deliverance foi bem recebido por jogadores e críticos, conquistando prêmios e indicações que reforçaram o sucesso do jogo e sua proposta original. Em fevereiro deste ano, a Warhorse Studios, desenvolvedora fundada por Vavra, anunciou que o título vendeu mais de seis milhões de cópias, comprovando o apelo da abordagem histórica detalhada que Vavra idealizou para o game.

Para Vavra, o êxito de Kingdom Come: Deliverance mostrou que havia uma lacuna no mercado para jogos com uma representação fiel da história: “Minha ideia de que havia um espaço no mercado se mostrou verdadeira. Quando as pessoas jogaram, logo perceberam que essa era uma ideia que funcionava”, disse ele.

Com o lançamento de Kingdom Come: Deliverance 2 previsto para o início do ano que vem, Vavra e a Warhorse Studios prometem uma experiência ainda mais detalhada e imersiva. Segundo Vavra, o novo jogo é “uma continuação da ideia original, só que mais complexa e polida”. Os fãs de jogos históricos, portanto, podem esperar que a sequência amplie a fórmula que consagrou o primeiro título, consolidando a presença de Kingdom Come como um dos grandes nomes dos jogos históricos realistas.

Sobre o autor

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa. Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer. Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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