Lista | Os 5 melhores diálogos de Quentin Tarantino

Diálogos lendários!

Ao longo de sua curta, porém expressiva, filmografia, Quentin Tarantino nos presenteou com alguns diálogos verdadeiramente lendários, que para sempre ficariam marcados em nossas memórias – certamente o suficiente para tornar a tarefa de escolher apenas cinco dos melhores algo praticamente impossível. Mas é claro que fizemos mesmo assim. Eu e Lucas Nascimento selecionamos aqueles diálogos inesquecíveis do diretor, aqueles que definiram seus filmes e sua própria carreira.

Dito isso, confira abaixo os cinco melhores diálogos de Quentin Tarantino e nos deixe saber quais são os preferidos nos comentários abaixo!

https://www.youtube.com/watch?v=SwE19SjXZ2w

5. O Filho do General | Os Oito Odiados

Em um dos momentos mais inspirados de Os Oito Odiados, o personagem de Samuel L. Jackson profere a grande pérola do teatro filmado de Tarantino. Ao reencontrar um velho inimigo da Guerra Civil, o confederado Sandy Smithers, Marquis Warren tenta fazer o velho perder sua paciência e tentar atacá-lo. Para isso, Warren inventa uma história maluca onde afirma ter sido o responsável por encontrar e assassinar seu filho, mas sem antes deixá-lo caminhando nu pela neve e forçá-lo a lhe pagar um boquete. A escolha de palavras do texto e a suspeita sobre a história ser ou não real é o que torna este diálogo um dos melhores e mais engraçados da carreira do cineasta.

4. A ciência da frenologia | Django Livre

Tarantino é especialista em criar tensão a partir dos diálogos. Quando os caçadores de recompensa Django e King Schultz são desmascarados pelo maléfico Calvin Candie, o fazendeiro sulista oferece uma ameaça arrepiante, e que envolve o uso de uma caveira humana para comprovar uma tese racista em relação à frenologia. O grande atrativo fica, como sempre, na escolha de palavras e no jogo inteligente de combinação de frases, com Candie repetindo o material e o modelo da mesa de jantar enquanto grita, e também pela ironia ácida do vilão.

3. Like a Virgin | Cães de Aluguel

Cães de Aluguel é um filme que praticamente não para. Mesmo nos momentos de aparente calmaria no armazém, a tensão é constante: não sabemos quem irá chegar ali, o que cada um irá fazer, se irão começar a atirar uns nos outros, ou simplesmente fugir – e no topo de tudo, ainda há a grande dúvida sobre o que aconteceu durante o roubo. O único ponto verdadeiramente “tranquilo” do filme é a sua abertura, com todos os personagens sentados em uma lanchonete jogando conversa fora. De fato, não importa que estejam falando sobre Like a Virgin, da Madonna, o fato desse ser o tópico da conversa apenas garante a acidez do roteiro de Tarantino, que em um curto prólogo, com o movimento de câmera que para sempre seria lembrado, apresenta um a um os personagens.

2. Café da Manhã | Pulp Fiction: Tempo de Violência

“Does he look like a bitch?” Não é preciso ter assistido Pulp Fiction para reconhecer essa simples pergunta. A cena do Café da Manhã é um amontoado de deliciosas falas, muitas das quais poderiam ser inclusas em melhores citações do Cinema. Partindo de uma conversa simples sobre um delicioso hambúrguer, o pilar de todo café da manhã nutritivo, mas cheia de tensão, até trocas de tiro e de “apostas duplas”, temos aqui uma das sequências mais memoráveis da filmografia do diretor, que para sempre marcaria a carreira de Samuel L. Jackson.

1. Era Uma Vez na França Ocupada pelos Nazistas | Bastardos Inglórios

Quentin Tarantino dificilmente escreverá algo melhor em sua vida. A promessa de um épico de Segunda Guerra Mundial por suas mãos já era empolgante, e os cinéfilos puderam se deliciar com a apresentação de um dos grandes vilões do cinema recente – e que, coincidentemente, – também é o melhor personagem que Tarantino já escreveu: o nazista Hans Landa. Intercalando o idioma entre francês e inglês, a sequência mostra o educado coronel investigando a presença de judeus escondidos em uma fazenda leiteira. A postura galante e delicada do coronel logo evoluem para uma presença ameaçadora e que faz jus ao apelido de Caçador de Judeus, tornando esta uma perfeita abertura para Bastardos Inglórios. Essa cena sozinha deveria ter garantido um Oscar a Tarantino naquele ano.

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Sobre o autor

Guilherme Coral

Refugiado de uma galáxia muito muito distante, caí neste planeta do setor 2814 por engano. Fui levado, graças à paixão por filmes ao ramo do Cinema e Audiovisual, onde atualmente me aventuro. Mas minha louca obsessão pelo entretenimento desta Terra não se limita à tela grande - literatura, séries, games são todos partes imprescindíveis do itinerário dessa longa viagem.

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