O cantor Louis Tomlinson quebrou o silêncio sobre a trágica morte de seu ex-colega de One Direction, Liam Payne, e ofereceu uma perspectiva contundente sobre as pressões da fama. Em uma nova entrevista, o artista defendeu que a experiência de trabalhar na boyband não foi a principal responsável pelas lutas de Payne, apontando o dedo para a mídia e o “jornalismo online” como os verdadeiros vilões.

Tomlinson, que sempre elogiou a gestão do grupo, manteve sua posição mesmo após a perda do amigo, argumentando que o lado “realmente difícil” da fama era a constante invasão de privacidade e o escrutínio público, e não o trabalho em si.

‘Eu não culpo ninguém pela minha experiência no One Direction’

Em conversa com o jornal The Independent, Louis foi questionado se ainda mantinha sua visão positiva sobre os anos na banda, mesmo após a morte de Liam Payne em outubro de 2024. “Eu provavelmente ainda sustentaria essa declaração”, afirmou.

Ele reconheceu as dificuldades da rotina intensa: “Foi um trabalho muito duro? Sim. Nós não tínhamos dias de folga o suficiente? Sim.” No entanto, ele fez uma distinção crucial: “Mas o que foi realmente difícil, mais do que qualquer uma dessas coisas, foi ser jovem, muito famoso e ter pessoas do lado de fora dos hotéis. (…) até mesmo querer ir ao banheiro e ter que caminhar até lá com o segurança.” Ele classificou essa perda de privacidade como “desumanizante”.

A culpa da mídia e o ataque a Logan Paul

Para Tomlinson, o verdadeiro culpado pela pressão que afetou a saúde mental de Payne (e de outros jovens artistas) é o “turbilhão” das redes sociais e a forma como a mídia os retratava. Ele citou como exemplo a infame entrevista de Liam ao podcast de Logan Paul em 2022, na qual Payne fez comentários controversos sobre a banda e Zayn Malik. A repercussão negativa levou o cantor a passar meses em reabilitação.

Louis não poupou críticas ao influenciador. “Desprezo Logan Paul para sempre, um desgraçado horrível, horrível”, disparou o cantor. “Acho que esse também é o problema com parte dessa nova mídia… Gostaria de pensar que a maioria dos jornalistas (…) têm um dever de cuidado.”

A trágica morte de Liam Payne

Liam Payne morreu aos 31 anos, em 16 de outubro de 2024, após cair da varanda de um hotel em Buenos Aires. Exames posteriores constataram a presença de cocaína, crack e outras drogas em seu organismo, evidenciando a batalha contra a dependência que ele travava há anos. A reflexão de Louis Tomlinson sobre a responsabilidade da mídia nesse processo adiciona uma camada complexa à discussão sobre os perigos da fama na era digital.

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Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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