Mary Austin, de 74 anos, a mulher que foi a melhor amiga, confidente e principal herdeira de Freddie Mercury (1946-1991), quebrou o silêncio para lançar dúvidas sobre a alegação bombástica de que o líder do Queen teria uma filha secreta. Em uma nova entrevista, Austin afirmou que acha “surpreendente” e improvável que o músico tivesse mantido em segredo algo tão “glorioso”.

A polêmica surgiu com a notícia de que uma mulher de 48 anos, que se identifica apenas como “B”, terá sua história contada no livro ‘Love, Freddie: Freddie Mercury’s Secret Life and Love’, da escritora Lesley-Ann Jones, com lançamento previsto para setembro. “B” alega ser fruto de um caso de Mercury com a esposa de um amigo e diz ter 17 cartas escritas à mão pelo artista.

“Não consigo imaginar que ele manteria isso em segredo”

Em entrevista ao jornal britânico The Times, Mary Austin, que namorou Freddie nos anos 70 e permaneceu ao seu lado até a morte, contestou a narrativa. “O Freddie tinha uma abertura imensa, não consigo imaginar que ele teria optado ou seria capaz de manter algo tão glorioso em segredo, seja de mim ou de outras pessoas mais próximas dele”, declarou.

“A verdade é que eu simplesmente não sou guardiã desse segredo. Nunca soube de nenhuma filha”, afirmou de forma categórica. Para Austin, a existência de uma criança teria sido motivo de grande alegria. “Isso teria trazido uma alegria imensa para o Freddie, e para todos que se importavam com ele — incluindo os pais de Freddie. Acredito que eles a teriam acolhido com todo o amor em seus corações.”

A história da filha secreta “B”

No livro, “B” relata a dor de crescer sem o pai e de lamentar sua morte em particular, enquanto o mundo chorava pelo ícone público. “Tive que me tornar adulta sem ele e viver todos os momentos e eventos marcantes sem o seu apoio”, diz um trecho de seu relato. “Por 30 anos, tive que construir minha vida […] e aceitar que ele não estaria presente. […] Como eu poderia ter falado antes?”.

O “amor da vida” de Freddie Mercury

A opinião de Mary Austin tem um peso imenso na mitologia de Freddie Mercury. Ela foi sua companheira por seis anos e, mesmo após o término, continuou sendo sua amiga mais leal. Foi para ela que Freddie dedicou o hino “Love of My Life” e a quem ele deixou a maior parte de sua fortuna, incluindo sua mansão de 28 quartos em Londres.

A relação dos dois foi um dos pilares do filme biográfico Bohemian Rhapsody (2018). A declaração de Mary Austin cria uma grande barreira de credibilidade para a história da suposta filha secreta, transformando o lançamento do novo livro em uma verdadeira batalha de narrativas sobre a vida íntima de um dos maiores e mais enigmáticos ícones da música.

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