Robô Selvagem supera expectativas nas bilheteiras, enquanto Megalopolis enfrenta dificuldades
Filme da DreamWorks anima o público, enquanto a nova obra de Francis Ford Coppola é mal recebida
O filme familiar Robô Selvagem, produzido pela DreamWorks Animation e Universal, tem conquistado tanto críticos quanto o público, registrando uma impressionante pontuação de 98% no Rotten Tomatoes, tanto entre os críticos quanto entre os espectadores. Com um CinemaScore A, o filme estreou em primeiro lugar nas bilheteiras, arrecadando cerca de US$ 35 milhões em seu fim de semana de abertura, impulsionado pelo excelente boca a boca.
Robô Selvagem é uma adaptação do best-seller de Peter Brown, que narra a história de um robô chamado ROZ que estabelece laços inesperados com um ganso órfão e outras criaturas após naufragar em uma ilha isolada. Dirigido e escrito pelo indicado ao Oscar Chris Sanders, conhecido por Como Treinar o Seu Dragão e Os Croods, o filme conta com um elenco de dubladores renomados, incluindo Lupita Nyong’o, Kit Connor, Pedro Pascal, Catherine O’Hara, Bill Nighy e Mark Hamill. O sucesso do filme foi ainda mais reforçado pelo desempenho no exterior, onde arrecadou US$ 9,9 milhões em 29 mercados, totalizando US$ 18,1 milhões internacionalmente e US$ 53,1 milhões globalmente.
Por outro lado, Francis Ford Coppola enfrenta um momento desafiador com seu novo filme, Megalopolis. A produção teve uma recepção desastrosa, arrecadando apenas US$ 4 milhões em sua estreia nos Estados Unidos e recebendo um CinemaScore D+ do público. As expectativas da Lionsgate eram de que o filme arrecadaria entre US$ 5 milhões e US$ 7 milhões. Apesar do prestígio do diretor, a recepção negativa fez com que muitos estúdios se mostrassem relutantes em financiar ou distribuir o filme, que tem um custo estimado de US$ 120 milhões.
O contexto de Megalopolis e a recepção do público
Megalopolis é uma ambiciosa releitura moderna da queda do Império Romano, ambientada em Nova York. O filme conta com um elenco estrelado, incluindo Adam Driver, Giancarlo Esposito e Aubrey Plaza, mas foi recebido com críticas mistas no Festival de Cinema de Cannes, o que pode ter contribuído para sua fraca performance nas bilheteiras. A Lionsgate decidiu lançar o filme, mas não está responsável pelos custos de distribuição ou marketing, o que levanta dúvidas sobre a viabilidade financeira da produção.
Coppola, em uma tentativa de contextualizar a narrativa de Megalopolis, comparou sua trama à situação política atual dos Estados Unidos, sugerindo que a eleição presidencial de 2024 poderia refletir a queda de Roma. Seus comentários foram transmitidos para 65 cinemas nos EUA e Canadá, mas não conseguiram atrair o público desejado.
Outras estreias e o panorama das bilheteiras
Enquanto The Wild Robot se destacava, outros filmes também estavam nas bilheteiras. A sequência de Beetlejuice, dirigida por Tim Burton, ficou em terceiro lugar, arrecadando US$ 16 milhões, totalizando US$ 258,1 milhões domésticos. Transformers One caiu 62% em sua segunda semana, arrecadando apenas US$ 9,3 milhões, enquanto o filme indiano Devara: Parte 1 surpreendeu ao ficar em quarto lugar com US$ 5,5 milhões. Speak No Evil da Blumhouse fechou o top cinco com um total doméstico de US$ 28,1 milhões.
Por fim, o documentário Vindicating Trump, produzido por Dinesh D’Souza, não obteve uma boa performance nas bilheteiras, arrecadando menos de US$ 1 milhão, evidenciando um cenário desafiador para lançamentos de temática política.
A diversidade de reações do público e a performance nas bilheteiras revelam um panorama complexo e dinâmico para a indústria cinematográfica, onde o sucesso e o fracasso podem coexistir em um mesmo fim de semana.