Os companheiros de banda e irmãos de jornada de Ozzy Osbourne na banda que definiu o heavy metal, o Black Sabbath, prestaram homenagens emocionadas ao vocalista, que morreu nesta terça-feira (22), aos 76 anos. O guitarrista Tony Iommi, o baixista Geezer Butler e o baterista Bill Ward usaram suas redes sociais para se despedir do amigo, relembrando suas origens humildes e o recente e último show que fizeram juntos.

“Meu querido amigo Ozzy faleceu poucas semanas depois do nosso show no Villa Park”, escreveu o guitarrista Tony Iommi, de 77 anos, em referência à apresentação de despedida da banda, no início de julho. “Simplesmente não consigo acreditar. […] Não consigo encontrar palavras, nunca haverá outro como ele. Geezer, Bill e eu perdemos nosso irmão”, concluiu, em uma declaração que resume a dor da perda.

As memórias dos “quatro garotos de Aston”

O baixista Geezer Butler, de 76 anos, também focou sua homenagem na longa amizade e no último encontro no palco. “Adeus, querido amigo — obrigado por todos esses anos — nos divertimos muito”, escreveu. “Quatro crianças de Aston — quem diria, né? Que bom que pudemos fazer isso uma última vez, de volta a Aston. Amo vocês”, completou, relembrando a origem da banda em um bairro operário de Birmingham.

O baterista Bill Ward, de 77 anos, optou por um tom mais poético em sua despedida. “Onde te encontrarei agora?”, questionou, ao lado de uma foto antiga. “Nas memórias, em nossos abraços silenciosos, em nossas ligações perdidas, não, você estará para sempre em meu coração.” Ele finalizou com uma mensagem aos fãs: “Nunca adeus. Obrigado para sempre.”

A despedida do Príncipe das Trevas

A família de Ozzy Osbourne confirmou o falecimento na terça-feira, em um comunicado que dizia que o “amado Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Ele estava com sua família e cercado de amor”. O “Príncipe das Trevas” lutava há anos contra a doença de Parkinson, diagnosticada em 2020, além de lidar com as sequelas de uma grave queda sofrida em 2019.

Apesar dos problemas de saúde, ele sempre manteve seu espírito combativo. “Não estou morrendo de Parkinson”, disse ele em uma entrevista em 2020. “Tenho trabalhado com isso a maior parte da minha vida.”

As homenagens de seus companheiros de Black Sabbath mostram que, para além do ícone do rock, partiu um amigo e um irmão. O último show da banda, que reuniu a formação original pela primeira vez em décadas, ganha agora um significado ainda mais profundo, como uma despedida não planejada, mas perfeitamente simbólica, dos quatro garotos de Aston que mudaram a história da música para sempre.

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