O memorial em homenagem ao ativista conservador Charlie Kirk, realizado no Arizona no domingo (21), atraiu uma audiência online e televisiva surpreendentemente massiva, com estimativas iniciais apontando para dezenas de milhões de espectadores. Os números, alcançados com cobertura limitada das grandes redes de televisão, que priorizaram as transmissões da NFL, destacam a imensa influência de Kirk e a crescente fragmentação do consumo de mídia nos Estados Unidos.

O evento, marcado por fervorosas expressões de fé e momentos de grande comoção, como o perdão da viúva Erika Kirk ao assassino de seu marido e um aparente selar de paz entre Donald Trump e Elon Musk, se tornou um fenômeno de audiência, rivalizando com funerais de estado históricos.

Analisando os números: a força do streaming online

A dimensão do evento pode ser medida pelos números impressionantes de audiência apenas nas plataformas digitais. Até a noite de domingo, apenas quatro grandes transmissões ao vivo já somavam mais de 13 milhões de visualizações:

  • Canal de Charlie Kirk no YouTube: 6,62 milhões de visualizações.
  • Perfil de Charlie Kirk no X: 3,3 milhões de visualizações.
  • Canal da Fox News no YouTube: 2,16 milhões de visualizações.
  • Canal da Associated Press no YouTube: 1,15 milhão de visualizações.

Considerando as centenas de outras transmissões não oficiais, analistas estimam que a audiência online total tenha ultrapassado facilmente a marca de 20 a 25 milhões de espectadores. Além disso, autoridades do Arizona estimam que mais de 200 mil pessoas compareceram presencialmente ao evento.

Superando a TV tradicional e rivalizando com a história

O que torna esses números ainda mais chocantes para a mídia tradicional é o contexto. O memorial de Charlie Kirk competiu diretamente com os jogos da NFL, o produto de maior audiência da TV americana. Mesmo assim, a audiência combinada parece ter igualado ou até superado a do funeral do ex-presidente Ronald Reagan, um evento que teve cobertura maciça e ininterrupta em todos os canais.

A própria organização de Kirk, a Turning Point USA, reivindica um número ainda maior, que não pode ser verificado de forma independente: mais de 100 milhões de espectadores, o que colocaria o evento em um patamar de audiência próximo ao do Super Bowl.

A discrepância entre a cobertura limitada da grande mídia e o enorme interesse do público é vista por muitos como mais um sinal de que o cenário da mídia mudou, com o público agora buscando ativamente o conteúdo que deseja consumir em plataformas alternativas, em vez de depender do que é filtrado pelas emissoras tradicionais.

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