Mia Khalifa, figura mundialmente conhecida, tornou-se um nome familiar devido à sua breve, porém intensa, participação na indústria adulta. Aos 31 anos, a influenciadora e empresária compartilhou detalhes sobre como se sentiu “explorada” durante sua curta carreira no pornô, onde trabalhou por pouco mais de um mês. A experiência a levou a abandonar a indústria logo após o início de sua notoriedade, quando se viu pressionada por uma imagem que ela não controlava.
Em 2014, Mia Khalifa entrou para a indústria adulta, um movimento que a transformaria em uma estrela global quase instantaneamente. A estreia em um filme, no entanto, causou grande controvérsia ao apresentar a jovem com um hijab, atuando em uma cena de conotação explícita. A intenção por trás desse papel, segundo a própria Khalifa, era explorar sua identidade árabe, o que a levou a se tornar a atriz mais popular do Pornhub. Contudo, a fama repentina não trouxe a ela satisfação, mas sim uma sensação de perda de controle sobre sua imagem.
“Eu me tornei infame por acidente. Entrei na indústria adulta em outubro de 2014, e muito rapidamente fui pressionada a atuar em um vídeo cujo contexto era que eu era uma mulher árabe com véu”, relembra Khalifa em entrevista ao The New York Times. A atriz destacou que, logo após o lançamento do filme, o impacto de sua imagem nas redes sociais foi imediato e avassalador. “Eu estava completamente fora de controle da minha imagem, da minha reputação”, afirmou.
Mia Khalifa revela os desafios que enfrentou na indústria adulta e como encontrou controle em sua carreira no OnlyFans.
Com o crescente desconforto, Mia Khalifa decidiu dar fim à sua carreira no pornô. A decisão veio após um breve período de reflexão, onde ela percebeu que não conseguiria continuar sendo vista da forma que o público passou a vê-la. “Não muito tempo depois, eu diria que talvez algumas horas depois da estreia, a avalanche começou”, disse Khalifa, destacando o peso de sua fama indesejada.
Após abandonar a pornografia, Khalifa buscou recuperar o controle sobre sua vida e imagem, o que encontrou em plataformas como o OnlyFans. A partir dessa rede social de conteúdo exclusivo, ela reconstruiu sua trajetória, agora decidindo pessoalmente o tipo de conteúdo que cria e para quem ele é destinado. “Se alguém disser uma palavra ou descrever uma parte do corpo de uma forma mais grosseira do que eu aceitaria, eles são bloqueados”, afirmou. A possibilidade de editar seu próprio conteúdo e controlar sua interação com o público é uma das vantagens que Khalifa destacou como essenciais para sua atual segurança e bem-estar.
Atualmente, Mia Khalifa se mantém como uma das principais influenciadoras da plataforma, onde chega a ganhar até US$ 6,2 milhões por mês. Mesmo sendo um nome reconhecido por sua relação com o conteúdo adulto, ela se distanciou das cenas explícitas que marcaram sua breve carreira no pornô. “Eu não faço nudez além do que fiz em uma revista de moda, que é como uma blusa transparente ou algo assim”, explicou. Com isso, ela encontrou um meio de ser fiel a si mesma, sentindo-se segura e confortável em sua nova trajetória profissional.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.
Contato: matheus@nosbastidores.com.br