Michael B. Jordan, um dos nomes mais quentes de Hollywood e estrela do recente sucesso de bilheteria “Sinners”, dirigido por Ryan Coogler, tem uma estratégia clara para manter seu status de astro de cinema: discrição. Em uma reveladora matéria de capa para a New York Magazine, o ator compartilhou que sua presença limitada nas redes sociais e sua postura reservada em relação à vida pessoal são movimentos calculados para “criar uma demanda” por sua imagem nas telonas. Essa filosofia, segundo ele, foi fortemente influenciada por um conselho de seu mentor e inspiração, o lendário Denzel Washington.
O conselho de Denzel: “Por que pagariam para te ver se te veem de graça?”
Denzel Washington, com quem Jordan trabalhou no drama romântico “Um Diário para Jordan” (2021), dirigido pelo próprio Washington, teria sido direto ao aconselhar o jovem ator sobre os perigos da superexposição na era digital. “Por que eles pagariam para te ver em um fim de semana se te veem a semana toda de graça?”, questionou Denzel, uma frase que marcou profundamente Michael B. Jordan.
Seguindo essa orientação, Jordan optou por uma presença digital mínima. Ele não possui contas em plataformas populares como X (antigo Twitter) ou TikTok. No Instagram, onde acumula impressionantes 25 milhões de seguidores, suas postagens são raras e geralmente se limitam a divulgações de seus projetos cinematográficos ou marcos importantes na carreira, evitando a exposição constante de sua vida particular.
Da insegurança na TV ao estrelato no cinema: A jornada de Jordan
O objetivo de se tornar um astro de cinema sempre esteve nos planos de Michael B. Jordan, desde que fez a transição da televisão, onde ganhou notoriedade em séries como “A Escuta” (The Wire) e “Friday Night Lights”, para o cinema. Ele relembrou um período de incerteza há cerca de 12 anos: “Eu estava muito, muito, muito inseguro sobre como seria minha carreira. Seria um ator de TV? Para onde estou indo?”.
Na época, seu desejo era simples, mas crucial: “Cara, eu só quero um filme independente. Posso mostrar o que sei fazer e só preciso saber se consigo levar um filme ou não, se consigo ser o protagonista.” A oportunidade surgiu com o roteiro de “Fruitvale Station: A Última Parada” (2013).
“Fruitvale Station” e a parceria transformadora com Ryan Coogler
O encontro com Ryan Coogler, diretor de “Fruitvale Station”, foi um divisor de águas na carreira de Jordan. “[Ryan] me disse que achava que eu era uma estrela de cinema. Ele me achava um ótimo ator e queria mostrar isso ao resto do mundo, e queria fazer o filme comigo”, recordou o ator sobre a confiança depositada por Coogler.
“Fruitvale Station” foi aclamado pela crítica e não apenas lançou as carreiras cinematográficas de Jordan e Coogler, mas também solidificou uma das parcerias mais frutíferas de Hollywood. Juntos, eles emplacaram sucessos de bilheteria como “Creed: Nascido para Lutar”, “Pantera Negra” (onde Jordan interpretou o vilão Killmonger) e o mais recente thriller de vampiros “Sinners”, que já arrecadou US$ 350 milhões mundialmente e continua em ascensão.
“Mike merece ser um protagonista”: A visão de seu empresário
Phillip Sun, empresário de Michael B. Jordan, em declaração à New York Magazine, reforçou o status do ator: “Mike merece ser um protagonista, ponto final. Acontece que ele é um protagonista negro. Mas não estávamos buscando papéis apenas com base na cor. Buscamos tudo.” Essa visão abrangente tem permitido a Jordan explorar uma gama diversificada de personagens e projetos.