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Um dos principais momentos da noite do Oscar 2023, realizado no dia 12 de março, foi o prêmio de Melhor Atriz para Michelle Yeoh. A artista nascida na Malásia fez história ao se transformar na primeira mulher asiática a ganhar uma estatueta dourada nos Estados Unidos. Além disso, conseguiu consolidar a região como uma força do cinema internacional. Foi algo que começou com Parasita, filme de Bong Joon-ho, e agora vem mostrando para Hollywood que a indústria do cinema sabe falar outras línguas, e não apenas o inglês.
Logo após receber o prêmio, a atriz fez um discurso que simboliza perfeitamente a importância do momento. “Para todos os meninos e meninas que se parecem comigo, e estão assistindo esta noite, este é um farol de esperança e possibilidades. Essa é a prova de que os sonhos se tornam realidade”, disse Yeoh ao ficar com a estatueta do Oscar pelo filme Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo.
Ela ainda direcionou o final do discurso para as atrizes mais velhas. Ela conquistou o prêmio com 60 anos, provando que idade não quer dizer nada. “Não deixem ninguém dizer que vocês já passaram do seu auge. Nunca desistam”, finalizou a atriz mais importante da noite. Uma mostra que a presença da Ásia no Oscar, e também na indústria do cinema, é algo essencial para o futuro. O mundo está mudando, e os filmes precisam acompanhar isso para reconhecer atuações e artistas de fora dos Estados Unidos.
O país que organiza o Oscar continua sendo dominante no número de pessoas premiadas, como mostra o levantamento feito pela Betway, site de roleta virtual. Nova York possui mais de 14 vencedores da estatueta nascidos por lá. É mais do que qualquer outra cidade, e ajuda no domínio norte-americano. Outras regiões, como Los Angeles e Filadélfia, também consolidam a grande diferença. Um número que deve mudar no futuro, caso essa tendência continue.
Tendência asiática nos filmes
A premiação de Yeoh é também uma tendência que vem atingindo o Oscar desde 2020. Na ocasião, o filme sul-coreano Parasita foi o primeiro de língua estrangeira a receber a estatueta de Melhor Filme. A obra de Bong Joon-ho quebrou paradigmas e abriu espaço para que a premiação ficasse mais internacional. Os enredos norte-americanos continuam sendo os mais fortes, até pela tradição de Hollywood, mas o futuro mostra uma tendência diferente disso.
Em uma entrevista logo após a vitória no Oscar, o diretor sul-coreano falou da importância que a cultura do país teve no desenvolvimento do filme. “Tentei expressar um sentimento específico da cultura coreana”, afirma Joon-ho. No entanto, ele diz que se surpreendeu por várias nacionalidades se reconhecerem com os mesmo problemas. Isso aproximou a Coreia do Sul do resto do mundo.
A consolidação veio agora em 2023, com Michelle Yeoh. Ela fez uma excelente atuação, e isso foi reconhecido pela indústria mais forte do cinema. O próximo passo é uma representatividade contínua, inclusive nos papéis de filmes maiores. Por exemplo, existe a esperança de que mais atores de origens asiáticas consigam protagonizar produções que movimentam bilhões de dólares, como os de super-heróis.
Mais países premiados
Nos mapas produzidos pelo blog Betway Insider, é possível perceber um domínio dos Estados Unidos nas premiações. Porém, são dados que mostram também um espaço possível para outros países. A Inglaterra, a França e a Itália também contam com várias premiações, quando o assunto é filme. Os países asiáticos estão, aos poucos, querendo integrar essa lista.
O curioso é que Tóquio surge como o único representante asiático, pois tem uma tradição na produção de filmes. A região serve de referência para essa consolidação de outros países asiáticos no cinema internacional. Deveremos ver cada vez mais atores e atrizes da Ásia recebendo premiações importantes, desde o próprio Oscar até a Palma de Ouro, entregue no Festival de Cannes, um dos mais importantes do mundo.
A vitória de Michelle Yeoh em 2023 já ficou para a história, e será lembrada como um feito que abriu ainda mais portas para os filmes asiáticos nos Estados Unidos. É a consolidação de uma tendência interessante, e quem ganha são os fãs de cinema, pois são mais histórias contadas nas telonas.