A divisão de games da Microsoft, o Xbox, deve ser o mais novo e um dos principais alvos de uma nova rodada de demissões em massa na gigante da tecnologia. De acordo com reportagens de veículos internacionais, como a Bloomberg e o The Verge, os cortes devem começar já na próxima semana e fazem parte de uma ampla reorganização corporativa. A expectativa interna é de “cortes substanciais” em todo o grupo, gerando um clima de grande incerteza para os funcionários da marca.
As informações, divulgadas inicialmente pelo jornalista Jason Schreier, da Bloomberg, indicam que, embora o número exato de demitidos ainda não seja claro, os gerentes de diversas áreas do Xbox já se preparam para um impacto significativo. Até o momento, não foram detalhados quais estúdios ou departamentos específicos serão mais afetados, mas a escala dos cortes é tratada como grande. A Microsoft, procurada pela imprensa internacional, não quis comentar sobre o assunto.
“Cortes substanciais” e o possível fim de operações na Europa
Aprofundando a apuração, o jornalista Tom Warren, do The Verge, acrescentou que parte considerável dos cortes deve ocorrer na Europa, especialmente na região da Europa Central. A situação é tão séria que, segundo suas fontes, as demissões podem levar à paralisação total das operações do Xbox em diversos países daquela região, o que representaria uma mudança drástica na estratégia de distribuição e marketing da marca no continente.
Essas demissões na divisão de games não são um fato isolado dentro da Microsoft. A notícia surge poucos dias após a revelação de que a empresa já estava cortando diversos cargos em sua área de vendas para substituí-los por “empresas terceirizadas”, indicando um movimento mais amplo de reestruturação e redução de custos em toda a companhia.
Incerteza em um momento de expansão
A iminente onda de demissões gera um paradoxo, já que o Xbox vive um momento de grande expansão em termos de conteúdo, após a aquisição bilionária da Activision Blizzard. No entanto, a indústria de games como um todo tem enfrentado um período de “correção”, com milhares de demissões em diversas empresas desde o ano passado.
A decisão da Microsoft de incluir sua lucrativa divisão de games nesta nova rodada de cortes sinaliza uma forte pressão por otimização de custos e maior rentabilidade, mesmo em seus setores de maior sucesso.