A cineasta Nancy Meyers, uma das colaboradoras mais importantes da carreira de Diane Keaton, prestou uma homenagem comovente à atriz, que faleceu no último sábado (11), aos 79 anos. Em uma publicação emocionada em seu Instagram, a roteirista e diretora descreveu as últimas 48 horas como “nada fáceis” e relembrou a amizade e a parceria de quase 40 anos que, segundo ela, “mudou sua vida”.

Meyers, que escreveu clássicos estrelados por Keaton como Presente de Grego (1987) e a franquia O Pai da Noiva (1991), e a dirigiu no aclamado Alguém Tem Que Ceder (2003), descreveu a perda como a de uma irmã e de uma parceira artística dos sonhos.

‘Perdi uma conexão que um cineasta só pode sonhar’

Na longa e carinhosa homenagem, Nancy Meyers refletiu sobre a profundidade da relação profissional e pessoal que elas construíram. “Como mulher, perdi uma amiga de quase 40 anos – em alguns momentos, ela parecia uma irmã, porque compartilhamos tantas experiências memoráveis”, escreveu. “Como cineasta, perdi uma conexão com uma atriz que um cineasta só pode sonhar em ter.”

Ela continuou, destacando a sintonia entre as duas: “Todos nós procuramos por alguém que realmente nos entenda, certo? Bem, com a Diane, acredito que tínhamos isso mutuamente. Eu sempre senti que ela realmente me entendia, então escrever para ela me tornou melhor, porque me sentia segura em suas mãos.”

A atriz ‘destemida’ que se jogava nos papéis

Meyers também compartilhou uma memória dos bastidores de Alguém Tem Que Ceder, filme que rendeu a Keaton uma de suas quatro indicações ao Oscar. Ela relembrou a forma única como a atriz se preparava para cenas de choro, “às vezes girando em um círculo meio bobo antes de uma tomada para propositalmente se desequilibrar”. A diretora classificou a amiga como “destemida”.

“Diane ia fundo”, escreveu Meyers. “E eu sei que aqueles que trabalharam com ela sabem o que eu sei… ela tornava tudo melhor.”

‘Obrigada, Di. Sentirei sua falta para sempre’

A cineasta concluiu sua homenagem com uma declaração de amor e gratidão. “Ela não era como ninguém, nasceu para ser uma estrela de cinema, sua risada podia alegrar o seu dia e, para mim, conhecê-la e trabalhar com ela — mudou minha vida. Obrigada, Di. Sentirei sua falta para sempre.”

A homenagem de Meyers se junta a uma onda de tributos de outros grandes nomes que trabalharam com Diane Keaton, como Woody Allen e Steve Martin, que também lamentaram a perda da icônica atriz, uma das mais amadas e influentes de sua geração.

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Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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