Switch 2: vazamentos confirmam salto técnico com chip Nvidia baseado em Ampere

O sucessor do Nintendo Switch está cada vez mais próximo, e as informações mais recentes dão finalmente uma visão concreta das especificações técnicas do console. De acordo com a respeitada equipe da Digital Foundry, o Switch 2 será equipado com um chip Nvidia personalizado chamado T239, utilizando a arquitetura Ampere, a mesma das GPUs GeForce RTX 30.

CPU e GPU: mais potência, mas com reservas

A CPU do Switch 2 conta com oito núcleos, sendo seis disponíveis para jogos e dois reservados para o sistema, operando com clock de 998 MHz no modo dock e 1101 MHz no modo portátil, com possibilidade teórica de chegar a 1,7 GHz. Já a GPU opera a 1007 MHz em dock, 561 MHz no portátil, com pico teórico de 1,4 GHz. Isso o posiciona como um verdadeiro salto técnico frente ao primeiro Switch, que usava um chip Tegra X1 baseado na arquitetura Maxwell.

Ainda que o desempenho bruto do novo hardware seja limitado quando comparado aos consoles de mesa atuais, o suporte à tecnologia DLSS da Nvidia pode compensar com upscaling inteligente, entregando gráficos em 4K em televisores mesmo com menor resolução nativa.

VRR e GameChat: avanços com limitações

Entre as novidades, o VRR (Variable Refresh Rate) será suportado, mas apenas na tela portátil do console — TVs conectadas via HDMI não contarão com essa funcionalidade, o que pode decepcionar jogadores que priorizam fluidez em jogos com taxa de quadros variável.

Outro destaque curioso é o GameChat, recurso integrado de comunicação por voz que, apesar de importante para a Nintendo, parece consumir muitos recursos do sistema. Desenvolvedores, segundo a Digital Foundry, já receberam ferramentas específicas para medir o impacto do GameChat no desempenho dos jogos.

Mecanismo de descompressão dedicado e foco em eficiência

O Switch 2 também incluirá um mecanismo de descompressão personalizado, o que deve aliviar a CPU e melhorar tempos de carregamento. Esse recurso mostra que a Nintendo está preocupada não apenas com desempenho gráfico, mas também com a eficiência geral do sistema, algo essencial para manter uma boa experiência em modo portátil.

Mesmo que ainda existam dúvidas sobre o impacto real dessas especificações no mundo real, principalmente por conta do DLSS e das restrições térmicas de um console híbrido, o Switch 2 representa um avanço técnico substancial para a Nintendo. Com lançamento previsto para as próximas semanas, a expectativa é que o console entregue uma experiência visual mais próxima da concorrência, sem abandonar o DNA portátil que tornou o Switch original um sucesso.

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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