Após a empolgante revelação do primeiro gameplay de 007 First Light nesta semana, a desenvolvedora IO Interactive está agora abrindo o jogo sobre o processo de criação de seu novo e original James Bond. Em uma nova entrevista, o diretor de arte da franquia, Rasmus Poulsen, detalhou a filosofia por trás da aparência do espião, que será “certamente bonito, mas provavelmente não belo”.
O objetivo, segundo ele, é criar uma versão mais humana e complexa do agente 007, cuja força virá de seu charme e habilidade, e não de uma beleza superficial e perfeita. O jogo, vale lembrar, contará uma história de origem, mostrando um Bond em início de carreira.
‘Bonito, mas não um boneco Ken’
Em entrevista ao site GamesRadar+, o diretor de arte Rasmus Poulsen detalhou a longa discussão interna sobre o quão atraente o novo Bond deveria ser. A equipe chegou a um consenso claro. “Bond deveria ser certamente bonito, mas provavelmente não belo”, explicou Poulsen. “Há algo no fato de que seu charme e sua destreza realmente carregam o personagem (…) mesmo que ele não seja um boneco Ken.”
A ideia é fugir de uma aparência genérica e focar nos elementos que realmente definem o personagem. “O aspecto humano dele é algo que realmente nos esforçamos para transmitir”, concluiu o diretor.
A cicatriz e a fidelidade aos livros
Um detalhe visual que a equipe fez questão de incluir, e que reforça a busca por um personagem mais “real”, foi a icônica cicatriz do espião. “Para nós, a cicatriz era importante porque é descrita nos livros”, afirmou Poulsen, mostrando um profundo respeito pelo material original de Ian Fleming. Além disso, o famoso “humor britânico seco” de Bond também será uma característica central da personalidade do personagem no jogo.
Mais do que apenas um rosto
Poulsen enfatizou que a aparência é apenas uma parte da construção do novo Bond. O estúdio está adotando uma abordagem holística para dar vida ao personagem, focando em detalhes que vão além do modelo 3D. “Estamos olhando para os personagens de forma mais ampla do que apenas um rosto”, disse ele. “São maneirismos, são charmes específicos, é como eles fazem você se sentir, é a cadência com que eles expressam sua voz.”
Com 63 anos de história e tantos atores icônicos no papel, criar um novo James Bond é um desafio. Mas a IO Interactive está confiante em sua visão. “Você tem que confiar que a sua versão de Bond é a sua versão de Bond”, finalizou o diretor de arte.