Diretor do filme “JFK” defende maior transparência e supervisão na divulgação de documentos históricos
Oliver Stone, renomado diretor vencedor do Oscar, elogiou o ex-presidente Donald Trump pela decisão de ordenar a liberação de arquivos confidenciais relacionados aos assassinatos de John F. Kennedy, Robert F. Kennedy e Martin Luther King Jr. Stone, cujo filme JFK (1991) abordou teorias sobre o assassinato de Kennedy, afirmou que a ação é um passo significativo para trazer mais transparência a eventos históricos que ainda geram controvérsias.
“O presidente Trump merece elogios pela ordem executiva que desclassifica os registros ainda fechados em arquivos do governo sobre o assassinato de John Kennedy, um evento ocorrido há 61 anos”, declarou Stone ao The Hollywood Reporter. Ele também reconheceu o mérito de Trump em estender a ordem aos documentos relacionados aos assassinatos de RFK e MLK.
Documentos sem “provas definitivas”, mas com valor histórico
Embora Stone ressalte que não espera encontrar um “documento com a prova irrefutável de quem fez isso” nos arquivos, ele acredita que o material pode enriquecer o entendimento sobre os casos. “Haverá informações que contribuirão para um mosaico mais informado do que aconteceu nesses casos”, disse o diretor.
Stone também defendeu a criação de um conselho de supervisão, inspirado no antigo JFK Assassination Records Review Board, para garantir que todos os arquivos sejam divulgados integralmente e sem redações indevidas. Ele citou o trabalho de congressistas como Steve Cohen, David Schweikert e Tim Burchett, que têm pressionado pela liberação total dos documentos.
Contexto histórico e cumprimento de promessas
A decisão de Trump foi anunciada na última quinta-feira, cumprindo uma promessa de campanha. O plano prevê a liberação dos arquivos restantes sobre JFK em até 15 dias e, para os casos de RFK e MLK, em 45 dias.
Sob o JFK Assassination Records Collection Act de 1992, todos os documentos relacionados ao caso deveriam ter sido divulgados até 2017. No entanto, Trump bloqueou alguns arquivos na época, alegando preocupações apresentadas por agências de inteligência.
A morte de John F. Kennedy, ocorrida em Dallas, Texas, em 22 de novembro de 1963, foi atribuída ao ex-fuzileiro Lee Harvey Oswald, segundo investigações oficiais. No entanto, a conclusão de que Oswald agiu sozinho tem sido alvo de intensas críticas e teorias da conspiração ao longo dos anos.