Pai de Jeffrey Dahmer compartilha teoria sobre origem dos crimes do filho

Lionel Dahmer, pai do infame serial killer Jeffrey Dahmer, tinha uma teoria sobre o que poderia ter levado seu filho a se tornar um dos assassinos mais notórios do mundo. Lionel, que faleceu no ano passado aos 87 anos, falou abertamente sobre os crimes hediondos do filho e os possíveis fatores que poderiam ter influenciado sua trajetória.

A história de Jeffrey Dahmer ganhou destaque recentemente com o lançamento da série da Netflix “Monster: The Jeffrey Dahmer Story”, na qual Lionel foi interpretado pelo ator Richard Jenkins. A produção acompanhou a vida de Dahmer desde a juventude até o momento em que ele se tornou um assassino violento. Dahmer cometeu 17 assassinatos entre 1978 e 1991, desmembrando suas vítimas e praticando necrofilia, canibalismo e mantendo troféus macabros de suas ações.

Medicação durante a gravidez e comportamento da mãe

Na série da Netflix, o personagem Lionel Dahmer sugere que o uso de medicamentos por sua esposa, Joyce, durante a gravidez poderia estar ligado aos crimes de Jeffrey. Ele afirmou que a mãe de Dahmer tomava diversas pílulas para dormir, sedativos e medicamentos para convulsões enquanto estava grávida, levantando a possibilidade de que o uso excessivo desses remédios poderia ter influenciado o comportamento futuro do filho. Lionel declarou que Joyce “tomava milhares de pílulas” e que, logo após o nascimento de Jeffrey, ela não o segurou e acabou deixando o garoto aos cuidados de outros por um período.

Na vida real, Lionel Dahmer fez essas mesmas alegações em uma entrevista ao programa Inside Edition da CBS, revelando que sua ex-esposa estava tomando cerca de 26 comprimidos de diferentes medicamentos por dia, já no primeiro mês de gravidez.

O impacto no relacionamento familiar

Em um especial de TV intitulado Dahmer on Dahmer, Lionel e sua segunda esposa, Shari, falaram sobre a relação de Joyce com o filho e sobre suas habilidades como mãe. Eles afirmaram que Joyce tinha um comportamento extremamente protetor e evitava contato físico com o bebê, até mesmo impedindo que os avós segurassem Jeffrey. Shari afirmou que Joyce tinha um temor obsessivo de germes, o que a levou a criar um ambiente de isolamento ao redor do recém-nascido.

No livro A Father’s Story, publicado em 1994, Lionel Dahmer refletiu sobre os possíveis sinais que poderiam ter alertado sobre a natureza perturbadora de seu filho. Ele mencionou a timidez extrema de Jeffrey e questionou se não deveria ter prestado mais atenção a esses comportamentos. Como cientista, Lionel ponderou se o “potencial para um grande mal” poderia estar presente no sangue que pais transmitem aos filhos ao nascer.

A história de Jeffrey Dahmer continua a intrigar e causar desconforto, e as declarações de Lionel Dahmer oferecem mais um capítulo para entender a complexidade dos fatores que moldaram um dos mais infames assassinos em série da história.

Matheus Fragata

Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.

Apaixonado por histórias que transformam. Todo mundo tem a sua própria história e acredito que todas valem a pena conhecer.

Contato: matheus@nosbastidores.com.br

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