Lançamento inesperado, servidores sobrecarregados e polêmicas com a Nintendo marcaram a trajetória do jogo
Lançado em acesso antecipado no início de 2024, Palworld rapidamente se tornou um fenômeno, vendendo 2 milhões de cópias em apenas 24 horas e atingindo um impressionante pico de 2 milhões de jogadores simultâneos no Steam. Desenvolvido pela Pocketpair, o jogo chamou a atenção não apenas pelo seu sucesso meteórico, mas também pelas polêmicas envolvendo supostas semelhanças com Pokémon e problemas com servidores no lançamento.
Mesmo após conquistar mais de 32 milhões de jogadores, os próprios desenvolvedores ainda não sabem explicar o que fez Palworld atingir um nível tão alto de popularidade. Durante um painel na Game Developer’s Conference (GDC), o gerente da comunidade da Pocketpair, John “Bucky” Buckley, admitiu que o estúdio não esperava esse resultado.
“O pensamento inicial para Palworld era que este era um jogo para o público japonês novamente. Mas, quando alcançamos um milhão de listas de desejos no primeiro ano, percebemos que algo estava acontecendo. Depois disso, continuou crescendo de forma absurda. Para ser sincero, não sabemos por que tantas pessoas jogaram. Se soubéssemos, faríamos de novo, mas não temos ideia do que aconteceu”, revelou Buckley.
O caos do lançamento e o estouro inesperado
No dia do lançamento, a equipe da Pocketpair se reuniu no escritório para uma pequena comemoração. Porém, apenas 20 minutos depois, o único engenheiro de rede do estúdio anunciou um grande problema: os servidores da Epic Games haviam travado.
“Foi aí que percebemos que algo estranho estava acontecendo. Atingimos um número nojento de jogadores que me faz sentir mal só de lembrar”, confessou Buckley.
Apesar do impacto positivo nas vendas, Palworld enfrentou desafios técnicos semelhantes aos de outros jogos indie de sucesso inesperado, como Enshrouded e Helldivers 2. Apenas no primeiro mês, o jogo alcançou 25 milhões de jogadores, mas, segundo Buckley, a equipe decidiu parar de divulgar os números por conta das “vibrações ruins”.
Polêmica com a Nintendo e acusações de plágio
Entre essas “vibrações ruins”, estavam as constantes comparações com Pokémon, levando a especulações sobre um possível processo da Nintendo contra a Pocketpair. Durante a GDC, Buckley afirmou que as acusações de plágio e o ódio recebido pela equipe foram pesados:
“Houve acusações de designs plagiados, de uso de IA e até ameaças contra os desenvolvedores. O processo da Nintendo foi um choque, porque a violação de patente era algo que ninguém sequer considerou.”
Apesar das controvérsias, Palworld continua a ser um dos maiores sucessos recentes da indústria de jogos. Seu futuro ainda é incerto, mas, independentemente do que aconteça, a Pocketpair já entrou para a história dos games indie.