O cineasta vencedor do Oscar, Peter Jackson, não dirige um longa-metragem de ficção há mais de uma década, mas ele garante que não está aposentado. Em uma nova entrevista ao site ScreenRant, o gênio por trás da saga O Senhor dos Anéis explicou que seu hiato na cadeira de diretor se deve a uma nova e surpreendente paixão: um projeto científico para trazer uma ave gigante extinta de volta à vida, algo que ele considera “mais emocionante do que qualquer filme que pudesse fazer”.
O último filme de ficção dirigido por Jackson foi O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos, em 2014. Desde então, ele se dedicou a aclamados documentários, como Eles Não Envelhecerão e a série Os Beatles: Get Back. Agora, ele revelou seu principal foco.
O projeto científico que superou o cinema
A nova empreitada de Jackson é no campo da biociência. Ele é um dos principais investidores da empresa Colossal, que, junto com o arqueólogo Kyle Davis e o CEO Ben Lamm, está tentando “desextinguir” a Moa Gigante, uma ave que chegava a ter 3,6 metros de altura e foi extinta na Nova Zelândia.
“Para mim, desextinguir a Moa seria tão emocionante, senão mais emocionante, do que qualquer filme que eu pudesse fazer”, declarou o diretor. “Já fiz muitos filmes, mas ver a Moa Gigante trazida de volta seria um nível de excitação que acho que superaria qualquer coisa neste momento.”
O envolvimento dele é profundo. Segundo a agência Associated Press, Jackson e sua parceira, Fran Walsh, investiram US$ 15 milhões no projeto, que busca modificar geneticamente aves atuais para recriar a espécie extinta, em colaboração com um centro de pesquisa neozelandês.
“Não estou aposentado”: o futuro em Hollywood
Apesar da nova paixão, Jackson fez questão de tranquilizar os fãs de cinema. “Não, não. Certamente não estou aposentado”, afirmou, revelando que está trabalhando ativamente em três roteiros diferentes.
Além disso, ele continua profundamente envolvido com a Terra-média. “Estamos produzindo e escrevendo A Caçada a Gollum, que Andy Serkis dirigirá no ano que vem”, confirmou, referindo-se ao próximo filme da franquia O Senhor dos Anéis, que tem estreia prevista para 2027. Ele também indicou que seu trabalho com o material dos Beatles provavelmente continuará.
A declaração de Peter Jackson mostra um artista cujas paixões evoluíram. O homem que deu vida a dragões e exércitos de orcs nas telas agora se dedica a um desafio que parece saído da ficção científica: reverter a extinção. Para os fãs, resta aguardar para ver qual de seus muitos projetos — sejam eles no cinema ou na ciência — se concretizará primeiro.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
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