O ano de 2025 está se consolidando como um período dourado para os fãs da franquia “Predador”. Sob a liderança criativa de Dan Trachtenberg, que revitalizou a saga com o aclamado “O Predador: A Caçada” (2022), o universo dos caçadores Yautja se expande com dois projetos ambiciosos: a recém-lançada antologia animada “Predator: Killer of Killers” e o aguardado filme live-action “Predator: Badlands”, que promete inverter as expectativas e aprofundar a mitologia da criatura.
A caça virou o caçador: a premissa inovadora de “Predator: Badlands”
Com lançamento previsto para novembro, “Predator: Badlands” promete uma abordagem radicalmente diferente da fórmula tradicional. Conforme revelado no primeiro teaser, a trama é centrada em Dek (interpretado por Dimitrius Schuster-Koloamatangi), um Predador marginalizado, um pária em sua própria espécie. Em uma aliança improvável, ele se une a uma androide chamada Thia (Elle Fanning), que aparenta ter sido criada pela infame corporação Weyland-Yutani, estabelecendo uma conexão intrigante com o universo “Alien”.
Nesta inversão de papéis, o Predador não é o algoz, mas a presa, caçado por seus semelhantes. “Sempre me interessei por personagens tentando provar seu valor”, explicou o diretor Dan Trachtenberg em entrevista ao GamesRadar+. “O verdadeiro diferencial de Badlands é que não é apenas mais um filme do Predador […] a graça de Badlands é, na verdade, a inversão de tudo – desta vez, o Predador é quem está sendo caçado, e ele precisa provar seu valor. Badlands está tematicamente ligado a toda a franquia dessa forma”.
A expansão animada: os bastidores de “Predator: Killer of Killers”
Enquanto os fãs aguardam “Badlands”, a antologia animada “Predator: Killer of Killers”, que acaba de chegar ao Hulu e Disney Plus, oferece um mergulho profundo na diversidade da cultura Yautja. O mais surpreendente é que Trachtenberg produziu secretamente os dois projetos ao mesmo tempo. Ele passava os dias no set de “Badlands” e dedicava cada minuto livre em chamadas com o codiretor da animação, Joshua Wassung, para desenvolver os cenários e os múltiplos designs dos Predadores.
Para criar os novos visuais, a equipe contou com a expertise de Alec Gillis, uma lenda dos efeitos especiais que trabalhou no filme original de 1987. “Alec Gillis teve montanhas de designs ao longo dos anos, de vários filmes”, contou Wassung. Mesmo em animação, a equipe tratou a criação das criaturas com o rigor de um filme live-action, estudando como elas se moveriam, seu peso, sua capacidade de salto e as regras de seu universo. “É um mergulho profundo, mas, honestamente, tudo isso é muito divertido”, acrescentou Wassung.
O futuro da franquia: mais mitologia, novas perspectivas
A estratégia de Dan Trachtenberg parece clara: expandir o universo do Predador para além da simples premissa do “monstro da semana”. Tanto “Badlands” quanto “Killer of Killers” se aprofundam na cultura, na hierarquia e nos conflitos internos da espécie Yautja, uma abordagem que já se mostrou bem-sucedida em “O Predador: A Caçada”, que foi elogiado por sua originalidade e respeito ao material fonte.
Ao colocar um Predador como protagonista e explorar diferentes clãs e designs na animação, Trachtenberg está construindo um universo mais rico e coeso. A aliança de um Yautja com uma androide e a menção à Weyland-Yutani abrem portas para narrativas complexas que podem, no futuro, entrelaçar ainda mais as duas maiores franquias de ficção científica e terror do cinema. Para os caçadores mais mortais da galáxia, a temporada de caça está apenas começando, mas, desta vez, as presas e os predadores podem não ser quem esperamos.
