Anunciado há poucos meses, Two Point Museum será o terceiro jogo da franquia de sucesso desenvolvida pela Two Point, estúdio da SEGA especializado em games de administração e construção repletos de bom humor.
Em uma grande oportunidade única, a Sega nos convidou a testar uma build beta de Two Point Museum contemplando o primeiro ato do jogo. Sendo fã da franquia desde a estreia com Hospital, fiquei honrado com a chance de testar o game que só estreia em fevereiro de 2025. Passando um dia inteiro na build, é possível afirmar com muita segurança que este pode ser o melhor jogo da saga até então.
Museus de conforto e diversão
Com Two Point Museum, o estúdio visa divertir diversos gostos pessoais dos jogadores, já que traz três tipos de exposições para explorarmos. A clássica que envolve pré-história e fósseis, outra centrada em criaturas marinhas que também funciona como um aquário e a mais original: um museu de itens assombrados.
É claro que se tratando de um jogo Two Point, tudo partilha do DNA cartunesco, engraçado e fofo da franquia, então caso não conheça não espere encontrar itens fidedignos à nossa história.
Com bom humor, é possível encontrar fósseis de disquetes, homens das cavernas congelados, peixes esquisitos e itens assombrados bem simpáticos. Tendo bastante conteúdo para o jogador explorar, é preciso organizar expedições para encontrar novos itens para expor e tornar o seu museu mais interessante e bem sucedido.
Assim como em jogos Jurassic World Evolution, o jogador envia especialistas em missões em campos de pesquisa diferentes para encontrar os itens. Há diversos campos para vasculhar e cada um deles possui requisitos próprios para serem desbloqueados.
Entretanto, mais importante que lotar seu museu de peças interessantes, é tornar o museu funcional e, principalmente, lucrativo. Para isso, entram outras mecânicas de jogo que incluem contratar atendentes, zeladores, especialistas e seguranças, cada um com suas funções específicas que incluem cuidar da bilheteria, preservar as peças, recolher dinheiro de doações e impedir furtos, limpeza dos banheiros e corredores, e muito mais.
Felizmente, a Two Point cria um sistema bem convidativo e simples que já automatiza boa parte dos personagens a realizarem suas funções automaticamente. Algo que ajuda a economizar tempo de micro gerenciamento.
Ainda é preciso zelar pelo bem estar dos funcionários, ficando atento aos salários e as proezas ou fragilidades de cada um. Para deixar tudo adequado, todo museu vai precisar de bilheterias, banheiros, loja de lembranças, uma oficina, sala de treinamento e uma sala relaxante para funcionários.
Uma das poucas coisas que realmente desgostei, mas que não afetou minha experiência é a exigência exagerada de espaço para algumas dessas salas, principalmente da oficina por causa do tamanho colossal da impressora 3D que cria alguns displays interativos importantes para o museu.
Sendo que isso é algo que persiste na saga desde Hospital, acho que seria adequado diminuir o tamanho dos itens para fazer salas mais enxutas, deixando mais espaço livre para o jogador encaixar mais itens expostos ou fazer mais câmaras para os visitantes explorarem, afinal o tamanho do museu é pré determinado, longe de ser imenso.
Cada uma dessas salas também possuem submenus de itens que, se não prestar atenção, o jogador pode ter que quebrar a cabeça para encontrar e comprar os objetos necessários para realizar as funções de cada uma delas.
Uma boa mudança se trata na dificuldade. Apesar dos jogos Two Point nunca serem realmente difíceis, há mais casualidade em Museum que é bem vinda, tornando o jogo uma experiência de conforto divertida e relaxante, permitindo explorar mais o lado de simulação com a construção de estruturas, pinturas e decorações diversas.
Por sinal, as decorações são parte vital da experiência com a nova mecânica do burburinho. Quanto mais burburinho seu museu conquistar, potencializando ao máximo cada item exposto, maior será a presença do público, deixando o caminho para o sucesso praticamente inevitável, assim como o lucro rápido. Com muito burburinho, é possível cobrar preços exorbitantes em diversos itens que mesmo assim todos os visitantes estarão felizes em pagar.
Com mais visitantes, aparecem personagens especiais como yetis, góticos, mergulhadores, etc. Cada museu tem seu visitante específico sendo os do assombrado os mais interessantes. A campanha possui objetivos bastante claros e a meta é conquistar a excelência com estrelas reconhecidas após inspeções de especialistas convidados.
Por se tratar de um preto ambicioso, acredito que há espaço também para inserção de mais itens únicos para expor. Mesmo com algumas coisas ocultas, o catálogo de itens pareceu pequeno, principalmente do museu aquático. Torço para que o jogo completo traga ainda mais variedade e que, depois, a Two Point adicione mais módulos com DLCs, assim como a Frontier realiza Planet Zoo e Jurassic World Evolution.
Há muito potencial aqui.