A Justiça de São Paulo condenou, nesta terça-feira (21), o professor universitário Marcos Dantas por discurso de ódio contra Vicky Justus, de 5 anos, filha do apresentador Roberto Justus e da influenciadora Ana Paula Siebert. O docente aposentado da UFRJ foi processado após comentar “só guilhotina” em uma foto da criança publicada nas redes sociais.
O juiz Cassio Pereira, da 1ª Vara Cível, classificou a fala como uma recomendação de pena capital e determinou o pagamento de R$ 50 mil de indenização à família. O professor nega a intenção de ameaça e afirma que usou apenas uma “metáfora”.
O comentário ‘só guilhotina’ e a ação judicial
A polêmica começou em julho deste ano, quando o casal publicou uma foto da filha segurando uma bolsa de grife avaliada em R$ 14 mil. O comentário de Marcos Dantas na publicação — “só guilhotina” — foi interpretado pela família como uma ameaça de morte, fazendo alusão ao método de execução da Revolução Francesa.
Roberto Justus se pronunciou publicamente na época, afirmando que levaria o caso à Justiça. A família pedia uma indenização total de R$ 300 mil (R$ 100 mil para cada um).
A decisão do juiz: ‘Extremo desprezo pela condição humana’
Na decisão, o juiz considerou a fala do professor como um claro “discurso de ódio”, que extrapolou os limites da crítica.
“Afirmar que alguém deve ser enviado para a guilhotina corresponde ao desejo de vê-la morta (…) A mensagem do requerido deve ser reconhecida como discurso de ódio por recomendar a pena capital para os autores, em razão de simples postagem em rede social, revelando extremo desprezo pela condição humana”, diz um trecho da sentença. O juiz fixou a indenização em R$ 50 mil.
A defesa da família Justus informou que o valor será doado. A decisão ainda cabe recurso.
A defesa do professor: ‘Uma simples metáfora’
Em nota, o professor Marcos Dantas negou qualquer intenção de ameaçar a criança ou a família. Ele argumentou que seu comentário foi apenas uma “metáfora” com referência histórica.
“Era para ser, e continua sendo, uma simples metáfora (…) Uma referência simbólica a um evento dramático, mesmo trágico, que marcou para sempre a história da humanidade: a Revolução Francesa”, defendeu-se o docente.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
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