A Rockstar Games, famosa pela série Grand Theft Auto, chegou a considerar a possibilidade de ambientar um de seus títulos em Tóquio, Japão. O projeto, conhecido como GTA: Tokyo, estava em fases preliminares de desenvolvimento durante a era do PlayStation 2, mas foi descartado devido a complicações logísticas. As informações sobre a existência desse jogo surgiram após um ataque cibernético no final de 2023, que revelou arquivos internos da empresa relacionados ao projeto.
De acordo com o site Time Extension, que consultou fontes confiáveis, incluindo um ex-funcionário da Rockstar, a produtora estava bastante interessada em explorar o Japão como cenário para a série. Sam Houser, um dos principais executivos da Rockstar, visitou Tóquio diversas vezes durante a promoção de GTA 3 e ficou fascinado com o potencial que a metrópole japonesa oferecia para o estilo de narrativa satírica característico da franquia.
Logística inviabilizou GTA: Tokyo
Apesar do entusiasmo inicial, os desafios logísticos associados ao projeto acabaram superando os benefícios esperados. A criação de um GTA ambientado em Tóquio exigiria um esforço considerável em termos de pesquisa cultural, mapeamento detalhado da cidade e adaptação de elementos narrativos para um contexto muito diferente do cenário americano habitual da série. Além disso, o custo de enviar uma equipe para o Japão e realizar o extenso trabalho de campo necessário para garantir uma representação autêntica da cidade se mostrou proibitivo.
Diante desses desafios, a Rockstar optou por abandonar GTA: Tokyo e continuar investindo em ambientações que já eram familiares aos fãs da série, como as cidades fictícias baseadas em Nova York, Los Angeles e Miami. Essa decisão permitiu que a empresa continuasse a construir sobre os sucessos anteriores, resultando em lançamentos aclamados como GTA 4 e GTA 5, que se tornaram marcos na indústria de jogos.
Embora GTA: Tokyo nunca tenha se materializado, a visão da Rockstar de explorar novos territórios mostra o quanto a empresa estava disposta a ousar e experimentar, mesmo que os riscos fossem grandes demais para seguir em frente com o projeto.
Editor-geral do Bastidores, formado em Cinema. Jornalista, assessor de imprensa.
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