A atriz Rachel Zegler, escalada para viver a icônica princesa no remake live-action de Branca de Neve da Disney, abordou os comentários polêmicos que geraram reações negativas nas redes sociais e sua visão sobre o filme. A atriz, cuja ascendência colombiana foi alvo de críticas desde sua escalação em 2021, se manifestou com maturidade, refletindo sobre as reações passionais dos fãs e defendendo a diversidade no cinema.
Reação negativa e a paixão dos fãs
A escolha de Rachel Zegler para o papel de Branca de Neve causou indignação por conta de sua origem latina, o que foi exacerbado por seus comentários anteriores, como os que chamaram a versão original de 1937 de Branca de Neve de “datada” e criticaram o comportamento do príncipe, que “literalmente persegue” a princesa. Com o aumento da polêmica, Zegler também se envolveu em controvérsias políticas, o que alimentou campanhas contra o filme, incluindo boicotes por parte de grupos conservadores.
Em entrevista à Vogue México, Zegler procurou esclarecer suas declarações e reconhecer a reação dos fãs, dizendo: “Eu interpreto os sentimentos das pessoas sobre este filme como uma paixão por ele”. Ela acrescentou que “nem sempre teremos os mesmos sentimentos de todos ao nosso redor, e tudo o que podemos fazer é dar o melhor de nós mesmos.” Para Zegler, a discussão em torno do filme é um reflexo do quanto a obra é importante para muitas pessoas, com os fãs demonstrando um grande apego à história.
Representatividade e a importância da herança latina
Zegler também falou sobre sua herança colombiana, destacando a importância de representar a diversidade da diáspora latina no cinema. A atriz compartilhou que sua identidade está profundamente enraizada em sua narrativa pessoal, dizendo: “Eu sei onde estive, represento isso na minha narrativa e carrego isso no meu coração todos os dias.” Ela ainda ressaltou que, apesar de a comunidade latina não ser um “monólito”, é essencial que os artistas latinos trabalhem para refletir as diferentes experiências e realidades dessa cultura rica e diversificada.
O equilíbrio entre o clássico e o novo
A atriz também comentou sobre as diferenças entre o filme original de 1937 e a nova versão de Branca de Neve. Zegler ressaltou que a Disney conseguiu encontrar um “equilíbrio lindo e delicado” entre o clássico animado e uma abordagem mais moderna, destinada a representar a nova geração. Segundo Zegler, a verdadeira força de Branca de Neve é seu coração. “Seu superpoder é seu coração”, afirmou. “Não há poder sobrenatural que Branca de Neve possua além de seu amor pela humanidade, por todas as criaturas vivas e sua crença fundamental de que há bondade em tudo. Isso é algo que eu realmente acredito que o mundo poderia aproveitar mais.”
Expectativas para “Branca de Neve”
Com o filme previsto para estrear nos cinemas em 21 de março, as expectativas para a adaptação são altas, e a atuação de Zegler promete trazer uma Branca de Neve mais conectada com os valores de bondade e humanidade, ao mesmo tempo que reflete a diversidade e a inclusão. A atriz, consciente das reações ao projeto, continua a defender a importância de trazer novas perspectivas para personagens e histórias consagradas.