Final Fantasy VII Rebirth é a segunda parte do remake do clássico RPG lançado originalmente no PS1. O jogo foi lançado no ano passado para PS5 e agora sai para PC. Aqui vamos conferir essa nova versão de Final Fantasy VII em uma nova plataforma que tivemos a oportunidade de testar e jogar diversos dias antes do lançamento previsto agora para o dia 23 de janeiro.
A beleza da fantasia, agora no PC
O resultado alcançado pela Square Enix com Final Fantasy VII Rebirth é se mostra bastante promissor. É possível colocar os gráficos em configurações maiores que as presentes no console e dependendo das especificações do seu PC ele entrega um visual superior e com maior performance.
O jogo funciona bem em computadores de especificação intermediária também, sendo possível colocar configurações que buscam o equilíbrio entre performance e gráfico de forma automática como o DLSS. Como na maioria dos jogos, especialmente os AAA, existem sessões em que é exigido mais do seu PC, geralmente em áreas mais abertas e essas configurações vem a calhar.
Em PCs mais potentes, o jogo pode ser jogado no modo ultra ou alto com mais de 120 fps na taxa de quadros, sendo uma boa opção para aqueles gamers que gostam de altas taxas mesclado com gráficos impressionantes. Ainda assim a Square Enix fez questão de otimizar o jogo para que ele rode também para aqueles gamers que gostam de jogar no portátil da Valve, o Steam Deck, no caso travando a 30 em resoluções menores. Assim sendo, o jogo pode rodar bem em variadas especificações.
Na forma em que recebemos o jogo, ocorreram alguns pequenos problemas como pequenos bugs e crashes. Porém, logo foi lançado um patch que resolveu os problemas e pude jogar por horas sem interrupções de natureza técnica.

Fantasia aprimorada
Rebirth traz de volta elementos que figuram no jogo anterior, mas aprimora bastante. Como em todo RPG, seu personagem é aprimorado conforme você vai jogando evoluindo com o tempo. O destaque dos jogos da linha Final Fantasy VII como um todo é o sistema de matérias. Cada matéria corresponde a uma habilidade e uma magia e pode ser equipada em itens que compõem os equipamentos. Com o passar do tempo e com o uso constante dessas matérias, elas vão evoluindo, liberando o acesso a magias mais fortes.
A administração de matérias, assim como no jogo anterior é fundamental para o combate, pois a maioria dos inimigos possuem fraquezas elementais que devem ser exploradas para colocá-los sob pressão, fazendo com que a barra de atordoamento se preencha mais rapidamente, fazendo com que o inimigo leve mais dano de seus ataques.
Os remakes de Final Fantasy VII trazem algo que sinto falta nos últimos jogos que saíram da linha principal da série (XV e XVI) que é o controle direto dos membros da party. É possível controlar uma variedade de personagens, cada um com seus ataques e habilidades específicas.
O trabalho em equipe ganha um elemento novo em Rebirth, que são as habilidades de sinergia. Gastando-se pontos de ATP, pode-se desbloquear habilidades que os personagens performam de maneira conjunta, causando bastante dano nesses ataques. Gasta-se ATP não apenas para habilidades de sinergia, mas também para as individuais e melhorias no ataque ou PV de cada personagem.
As sinergias podem ter efeitos variados, como aumentar o dano causado, aplicar status negativos nos inimigos ou até mesmo curar o grupo. As animações das sinergias são elaboradas e visualmente impactantes, tornando os combates ainda mais emocionantes. Isso combinado com o desempenho oferecido pelo PC em gráficos, que deixam as cenas ainda mais bonitas.
O sistema ainda adiciona uma camada extra de estratégia aos combates, incentivando os jogadores a experimentarem diferentes combinações de personagens e habilidades. As sinergias garantem que os combates não se tornem repetitivos, oferecendo novas possibilidades e desafios.

Midgar revivida!
A história de Final Fantasy VII Rebirth ainda conta com melhorias em sua narrativa em relação ao jogo anterior. A Square parece ter ouvido algumas críticas em relação ao tom diferente que eles colocaram no jogo em relação ao original e suavizaram nessa sequência que nesse sentido está um pouco mais próxima da essência do jogo de 1997. Isso não quer dizer que não existam diferenças do jogo original, existem muitas surpresas mesmo para os veteranos da série.
Em adição ao elenco do jogo original, temos nesse a ninja Yuffie com seus ataques que são eficientes tanto para perto quanto para longe utilizando sua shuriken e seu ninjutsu, mais tarde encontramos também Cait Sith, o mago vidente que vai nos acompanhar na jornada. A história traz uma mensagem ecológica interessante em que os seres humanos descobriram uma nova forma de energia milagrosa, mako. No entanto, Mako é a própria força vital do planeta e a exploração desse recurso está levando o mundo inteiro a sua ruína pelas mãos de seres humanos gananciosos, que neste mundo é representado mais diretamente pela corporação Shinra.
Cloud e seus amigos da organização de resistência Avalanche estão tentando impedir que mais danos sejam feitos e ainda procuram Sephiroth, que por si só representa uma outra grande ameaça ao planeta. O jogo começa com uma boa impressão, deixando você controlar o icônico vilão em um capítulo de flashback. Já nessa parte, é possível experimentar em primeira mão o poder do vilão que enfrentaremos mais tarde neste jogo e também na próxima sequência que em breve será desenvolvida.
Mundo que vale a pena
O mundo de Final Fantasy VII é realmente belo, apesar de enfrentar graves problemas decorrentes das ações humanas que drenam a energia vital do planeta. Isso é mostrado em certas regiões que possuem uma beleza ímpar em contraste com alguns outros cenários mais desgastados.
Ver a beleza no mundo e decidir que vale a pena salvá-lo é um dos temas principais de Final Fantasy VII Rebirth e essa característica é ainda mais realçada para quem joga o jogo no PC nas especificações maiores onde é possível observar os contrastes com mais nitidez.
Conclusão
Final Fantasy VII Rebirth já era um deleite nos consoles, talvez o melhor RPG que a Square Enix lançou nessa última década. O jogo possui melhorias gráficas impressionantes, um design de mundo mais complexo, um combate aprimorado e uma narrativa um pouco melhor que a do seu antecessor.
No lado da otimização, que é o principal foco dessa review, os resultados foram favoráveis. Eu tenho um pc de configuração intermediária e esse novo port funcionou sem problemas após o patch de atualização. Eu diria que até melhor que o jogo anterior da franquia lançado para PC. O Final Fantasy XVI. Rebirth para PC é recomendado para todos os fãs da série que ainda não puderam apreciar o jogo e também para todos que gostam de um bom RPG.
Agradecemos a Square Enix pela cópia gentilmente cedida para a realização desta análise.